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Com longas listas de espera

Carência de trabalhadores no Centro Hospitalar de Setúbal

A falta de trabalhadores no Centro Hospitalar de Setúbal reflecte-se em dificuldades na prestação de vários cuidados de saúde. Sobrecarga de trabalho e vínculos precários são uma realidade para estes trabalhadores.

CréditosInácio Rosa / Agência Lusa

Fonte sindical reporta que, com alguma frequência, enfermeiros e assistentes operacionais ficam mais duas, cinco e até sete horas para além do seu turno, uma vez que não foram substituídos. Por vezes realizam dois turnos seguidos.

Os trabalhadores sentem-se exaustos e é relatado que já aconteceu a assistentes operacionais receberem telefonemas na véspera do dia de folga para irem prestar trabalho noutro serviço. A carência de pessoal leva a que, na divulgação do horário, as escalas venham logo com a identificação de trabalho extraordinário, comprovando que há funções permanentes que não estão a ser asseguradas no período de trabalho normal.

Existem no Centro Hospitalar de Setúbal trabalhadores com vínculos precários, seja através de recibos verdes, seja através do recurso a empresas de trabalho temporário, para assegurar o funcionamento de vários serviços e valências, como são exemplo algumas especialidades cirúrgicas, o bloco de partos e o serviço de urgências.

Há trabalhadores que desempenham as mesmas funções, mas que têm condições de trabalho e direitos diferenciados – no horário de trabalho, remuneração, dias de férias e outros –  uma vez que uns têm contratos individuais de trabalho e outros têm contratos de trabalho em funções públicas.

No concurso que decorreu durante o ano de 2016 foram abertas 25 vagas para a contratação de médicos de 19 especialidades, apesar de terem sido identificadas necessidades de recrutamento de 57 médicos especialistas. Num contexto em que também se verifica um crescimento de episódios de urgência, com mais 140 mil utentes, evidencia-se a necessidade de aumentar o número de médicos no Centro Hospitalar de Setúbal.

Os números das listas de espera

O número de utentes a aguardar a primeira consulta das especialidades de otorrino (2777), de oftalmologia (1848), e de dermatologia (1418) provoca longos tempos de espera.

Quanto às cirurgias, em Setembro de 2016 estavam inscritos 6046 utentes em lista de espera, dos quais 1875 aguardam entre seis e 12 meses, 830 esperam entre dois e três anos e 37 esperam há mais de três anos. O tempo médio de resposta garantida é ultrapassado na cirurgia em oftalmologia, com 2238 utentes em lista de espera. Para cirurgia em ortopedia estão em lista de espera 1365 utentes e em cirurgia geral estão 867.

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