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Adesão total na greve da Valorsul

A greve dos trabalhadores da empresa de tratamento de resíduos Valorsul, iniciada às 00h, registou no primeiro turno uma adesão de 100%, informou a Comissão Sindical dos Trabalhadores.

 No piquete de greve, na sede, em São João da Talha, compareceram muitos trabalhadores da empresa e vários dirigentes e activistas sindicais
No piquete de greve, na sede, em São João da Talha, compareceram muitos trabalhadores da empresa e vários dirigentes e activistas sindicaisCréditos / SITE CSRA

Os trabalhadores da empresa de resíduos Valorsul, que serve 19 municípios da grande Lisboa e da zona Oeste, iniciaram uma greve de 32 horas para reivindicarem aumento dos salários e a negociação colectiva.

A paralisação afecta a recolha do lixo nos municípios de Alcobaça, Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lisboa, Loures, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Peniche, Sobral de Monte Agraço, Rio Maior, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.

«Nas unidades operacionais, tivemos uma adesão de 100%»

Mário Matos, comissão sindical

«Nas unidades operacionais, tivemos uma adesão de 100%. Obviamente que temos, por lei, que cumprir serviços mínimos», afirmou à Lusa Mário Matos, da Comissão Sindical dos Trabalhadores da Valorsul.

O secretário geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, presente no piquete na sede da empresa, em S. João da Talha, afirmou que a entrega da gestão da Valorsul a privados degradou as condições laborais do trabalhadores da empresa de resíduos.

«Primeira prova provada de que depois da entrega desta empresa à Mota Engil se continua a retirar as mais valias que a Valorsul teve nos últimos anos, sem, no entanto, cumprir com as obrigações para com os trabalhadores», sublinhou.

A Valorsul é uma das unidades pertencentes à Empresa Geral de Fomento (EGF), já privatizada. O processo de privatização da EGF desenvolveu-se através de um concurso público internacional, lançado no primeiro trimestre de 2014 pelo governo do PSD e do CDS, tendo ficado concluído em Julho de 2015 com a aquisição de 95% do capital (que pertencia à Águas de Portugal) por parte do consórcio SUMA, que integra a Mota-Engil.

«O cumprimento do direito à negociação colectiva e o aumento dos salários, actualizados pela última vez em 2009, são bandeiras que os trabalhadores insistem em manter erguidas»

O cumprimento do direito à negociação colectiva e o aumento dos salários, actualizados pela última vez em 2009, são bandeiras que os trabalhadores insistem em manter erguidas, a par da «justa distribuição da riqueza criada com o seu empenhamento, esforço e dedicação», e de melhores condições de segurança e saúde no trabalho.

Além destas reivindicações, apontam medidas adoptadas unilateralmente pela empresa que põem em causa os direitos dos trabalhadores, como a imposição do cartão de refeição, o regulamento de avaliação de desempenho, a alteração ao seguro de vida e a entrega da portaria do Centro de Triagem e Ecocentro do Lumiar a empresas externas.

Estiveram também presentes, prestando solidariedade aos trabalhadores, os presidentes das Câmara de Loures e de Sobral de Monte Agraço.

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