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Mesmo com «lucros obscenos», EDP recusa a valorização salarial

A acusação é da Fiequimetal, que lembra que os trabalhadores «são o principal motor dos lucros milionários e dos fartos dividendos que, ano após ano, são oferecidos aos accionistas».

Concentração de trabalhadores junto à sede da EDP, em Lisboa, a 24 de Janeiro de 2024 
Concentração de trabalhadores junto à sede da EDP, em Lisboa, a 24 de Janeiro de 2024 Créditos / fiequimetal.pt

Em nota à imprensa emitida esta sexta-feira, a federação sindical destaca os lucros do Grupo EDP no ano passado, que «ultrapassam os 1300 milhões de euros», afirmando que «a EDP se juntou ontem à GALP como empresa dos milhões, que ano após ano bate recordes de lucros, a bem dos accionistas».

Neste sentido, a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN) considera que os lucros agora conhecidos – divulgados na quinta-feira – dão razão à federação, aos seus sindicatos e aos trabalhadores quando reivindicam 15% ou 170 euros de aumento de salário para todos.

Também quando reclamam a subida de duas bases de remuneração (BR) para quem é abrangido pelo Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) de 2014 e de uma BR para aqueles a quem se aplica o ACT de 2000, bem como a atribuição de anuidades a todos os trabalhadores que as não têm.

Foi também na quinta-feira que a administração da EDP deu por encerradas as negociações da carta reivindicativa, «sem nenhum avanço na correcção de injustiças e na valorização das profissões e da experiência adquirida», denuncia o texto, no qual se explica que, em três dias de reuniões com os sindicatos (de 27 a 29 de Fevereiro), «o esforço dos representantes patronais foi dirigido contra a greve e não para a busca de soluções».

Profundo descontentamento transforma-se em luta

«Atrás da imponência dos lucros, existe uma realidade que não é possível esconder, por muita propaganda que a administração faça: há um profundo descontentamento de diversos grupos profissionais, desde as áreas técnicas aos quadros, devido ao não reconhecimento profissional», lê-se no documento ontem publicado.

Para a Fiequimetal, esse descontentamento é o motivo principal da greve ao trabalho extraordinário – em vigor desde 1 de Dezembro, com forte impacto –, e ficou bem patente na concentração realizada a 24 de Janeiro último, junto à sede da EDP, em Lisboa.

«Com motivos acrescidos, os trabalhadores iniciaram ontem uma nova forma de luta, podendo a greve acontecer também durante o período normal de trabalho, conforme decisão a tomar em cada empresa», sublinha a organização sindical, que acusa a administração da EDP de ser responsável por «um conflito laboral que só tende a agravar-se», dada a ausência de respostas patronais com sentido de justiça e que valorizem os salários e as carreiras dos trabalhadores.

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