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Eleições na Venezuela decorrem com normalidade e em paz

Depois de votar, por volta do meio-dia, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral afirmou que a jornada eleitoral deste domingo na Venezuela decorre com tranquilidade.

De acordo com o CNE, as eleições de hoje na Venezuela estão a decorrer com normalidade e a registar uma alta afluência
Créditos / AVN

Em conferência de imprensa, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, sublinhou a normalidade que impera no acto eleitoral que hoje está a decorrer na Venezuela, acrescentando que todas as queixas recebidas pelo organismo a que preside foram tratadas a tempo.

Lucena precisou que no estado de Lara houve 11 queixas, uma no Distrito Capital e outra no estado de Zulia – esta relacionada com o acompanhamento de uma pessoas com deficiência.

A presidente do CNE pediu às direcções de campanha de todos os partidos que dêem conhecimento de todas as irregularidades concretas e que velem pelo cumprimento dos acordos de garantias eleitorais, «pois trata-se de um compromisso que assumiram com país para que o processo eleitoral decorra em paz», disse.

«Eleições decorrem com todas as garantias»

Também em conferência de imprensa e depois de ter votado, a vice-presidente do CNE, Sandra Oblitas, destacou a elevada afluência às urnas.

Sublinhou, igualmente, a presença de 150 acompanhantes internacionais, que podem «constatar a transparência e a legitimidade do processo eleitoral». «Já estiveram na constituição das mesas eleitorais, hoje, bem cedo; na sexta-feira, verificaram a sua instalação; e têm participado nalgumas das auditorias que têm vindo a ser efectuadas», disse à imprensa, citada pela Prensa Latina.

«Praticamente todas as mesas eleitorais estão a funcionar», disse Oblitas, que fez um balanço «muito positivo» das eleições, também por «estarem a decorrer com toda a normalidade e com todas as garantias» para eleitores e candidatos.

Os locais de voto encerram às 18h (23h em Portugal continental), podendo encerrar mais tarde caso haja votantes à espera. O CNE prevê anunciar os resultados desta jornada eleitoral ainda hoje (madrugada de segunda-feira em Portugal).

A alta afluência às urnas foi sublinhada também pelos acompanhantes internacionais. Nessa qualidade, encontra-se na Venezuela João Pimenta Lopes, deputado do PCP no Parlamento Europeu, que disse ter comprovado «o rigor, a transparência e a robustez» de todo o processo eleitoral.

Mais de 20,5 milhões de eleitores

Para escolher o presidente da República estão chamados a votar nas eleições de hoje 20 526 978 eleitores, de acordo com os dados do CNE. Na eleição dos Conselhos Legislativos estaduais podem votar 18 919 364 eleitores.

São candidatos à presidência da República, para o período 2019-2025, Nicolás Maduro (candidato do chavismo), Reinaldo Quijada (que se diz apoiante do «processo revolucionário»), Henri Falcón (da Avanzada Progresista ou oposição que decidiu ir a jogo) e Javier Bertucci (mais conhecido como pastor evangélico).

A dita Mesa de Unidade Democrática (MUD), onde se enquadram as figuras pelas quais Washington e a União Europeia têm «mais apreço», há muito que apostou no não reconhecimento deste acto eleitoral e no apelo à abstenção.

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