Com vivas às «Pontes de Amor» e à «Família cubana», e com palavras de ordem a expressar «Abaixo o bloqueio!», os participantes na iniciativa afirmaram que vão continuar a fazer pressão até que o governo do presidente Joe Biden cumpra a sua promessa de mudar de política em relação a Cuba, informa a agência Prensa Latina.
Congregados junto ao monumento que evoca e homenageia, na maior cidade da Florida, Toussaint-Louverture, herói nacional do Haiti, os participantes disseram que também dedicavam a jornada solidária ao povo haitiano, que sofreu um terremoto devastador no passado dia 14 e, alguns dias depois, o impacto da tempestade tropical Grace.
Além de Miami, outras cidades norte-americanas foram palco de caravanas de automóveis e bicicletas nos últimos tempos, como Nova Iorque, Los Angeles e Seattle, entre outras.
No final de uma destas jornadas solidárias, a 31 de Janeiro deste ano, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, agradeceu o gesto na sua conta de Twitter. «Os patriotas cubanos, vivam onde viverem, entendem que o bloqueio é um crime contra o seu povo», afirmou.
Por iniciativa do projecto «Puentes de Amor», no final de Junho dezenas de emigrantes partiram de Miami com destino à capital dos EUA para exigir o fim do bloqueio económico, comercial e financeiro que Washington impõe à Ilha.
O ano passado, os membros do projecto solidário organizaram uma iniciativa semelhante entre Seattle e Washington DC.
As acções contra o cerco ilegal e unilateral que os Estados Unidos mantêm à maior ilha das Ilhas Antilhas são cada vez mais e colocam também a ênfase no facto de Biden não ter cumprido a sua promessa eleitoral.
Presidente há quase oito meses, o democrata mantém vigentes as 243 medidas adoptadas pelo seu antecessor, Donald Trump, que endureceram o bloqueio económico, comercial e financeiro que dura há quase seis décadas, cujas consequências são agravadas pela pandemia de Covid-19.
No passado dia 23 de Junho, pela 29.ª vez desde 1992, a maioria esmagadora dos países (184) exigiu na Assembleia Geral da ONU o levantamento do bloqueio a Cuba, tendo aprovado uma nova resolução que exige o fim desse cerco imposto por Washington. Os Estados Unidos e o seu inseparável aliado, Israel, votaram contra, ficando isolados.
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