O Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, declarou esta terça-feira, numa conferência de imprensa, que Washington passou a incluir na sua «lista negra» nove entidades com sede na África do Sul, Hong Kong e China continental, bem como três cidadãos iranianos, «por participarem em transacções significativas» para negociar produtos petroquímicos iranianos.
Pompeo, que não nomeou as entidades e indivíduos visados, sublinhou que este passo incluía na «lista negra» a empresa de investimento na Segurança Social das Forças Armadas iranianas, assim como o seu director, por investir em entidades sancionadas pelos Estados Unidos, revelam a HispanTV e o periódico Haaretz.
Por seu lado, o Departamento do Comércio norte-americano informou que irá acrescentar seis pessoas, incluindo cinco cientistas nucleares iranianos, e 18 empresas à «Lista de Entidades» dos EUA por ajudarem o programa nuclear do Irão.
Sem referir os nomes das entidades visadas, o Departamento do Comércio disse que esta iniciativa abrange uma empresa no Irão, duas na China, nove no Paquistão e cinco nos Emirados Árabes Unidos, e que restringirá a exportação de determinados artigos.
Política de «máxima pressão»
Em Maio de 2018, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou a retirada dos EUA do acordo sobre o programa nuclear iraniano, que havia sido assinado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido), pela Alemanha, pela União Europeia e pelo Irão, em Julho de 2015.
Trump assinou um memorando que repôs «de imediato» as sanções económicas que tinham sido retiradas após o acordo, visando estrangular a economia iraniana através de um autêntico bloqueio, que atinge igualmente as empresas estrangeiras que tenham presença ou negócios com o Irão.
Desde então, várias organizações internacionais e países se pronunciaram contra esta política de «máxima pressão». Os apelos ao levantamento das sanções impostas ilegalmente pelos EUA intensificaram-se nas últimas semanas, uma vez que atingiram o sistema iraniano de saúde e o país asiático está a unir forças com outros países para combater a pandemia do novo coronavírus.
No Irão, o número de pessoas infectadas passou os 17 500. De acordo com os dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde, mais de 1100 pessoas faleceram, enquanto 5389 pacientes recuperaram completamente.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui