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Mais do que o número, MDM quer saber se eleitas estão do lado das mulheres

Para o Movimento Democrático de Mulheres (MDM), mais do que o número de deputadas no Parlamento, é importante perceber se as 76 eleitas no domingo estarão «ao lado das mulheres». Dia 23 há manifestação em Lisboa. 

A Manifestação Nacional de Mulheres, convocada pelo Movimento Democrático de Mulheres (MDM) para celebrar o Dia Internacional da Mulher, reuniu em Lisboa milhares de participantes, vindas de norte a sul do País, a 8 de Março de 2020.
CréditosPaulo António / AbrilAbril

«O que nos importa é saber se as mulheres que foram eleitas estão do lado das mulheres ou do lado daqueles que, tradicionalmente e do ponto de vista ideológico, sempre foram contrários ao princípio da igualdade», disse à Lusa Sandra Benfica, da direcção do movimento.

O Parlamento português terá menos deputadas na próxima legislatura, depois de terem sido eleitas 76 mulheres (na legislatura anterior eram 85), que vão ocupar 33,6% dos 226 mandatos atribuídos no território nacional. Em reacção aos resultados conhecidos na noite de domingo, Sandra Benfica considerou que o fundamental «não é a questão da paridade, mas do exercício concreto das responsabilidades» e a defesa, ou não, de políticas favoráveis aos direitos das mulheres.

«Lembro-me bem que tínhamos um conjunto muito alargado de mulheres no Parlamento que se levantaram e propuseram o recuo de uma lei que significou uma alteração civilizacional ao nível dos direitos das mulheres no nosso país», recordou para justificar, referindo-se a um projecto de lei do PSD e do CDS-PP, apresentado em 2015, relativo à interrupção voluntária da gravidez.

Por isso, admitiu estar preocupada, sobretudo, com o crescimento do Chega, partido de extrema-direita, que elegeu 48 deputados, quadruplicando a representação na Assembleia da República em relação às eleições anteriores.

«Sei que hoje só se fala de direitos das mulheres em Portugal porque Abril permitiu. Não, não estamos tranquilas, porque também sabemos que o resultado destas eleições é produto de uma grande insatisfação», disse Sandra Benfica.

No âmbito do Dia Internacional da Mulher, e com o lema «Não há Março sem Abril», o MDM convocou uma manifestação nacional para o próximo dia 23 de Março, às 15h, no Rossio, em Lisboa, depois no passado dia 8 ter realizado meia centena de acções em todo o País, em alusão aos 50 anos do 25 de Abril. 

Depois das legislativas deste domingo, de que resultou uma vitória tangencial da Aliança Democrática (PSD, CDS-PP e PPM), estão ainda por apurar os quatro deputados pela emigração, o que só acontece no dia 20 de Março. Só depois dessa data, e de ouvir os partidos com representação parlamentar, o Presidente da República indigitará o novo primeiro-ministro.


Com agência Lusa

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