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|Reino Unido

Utentes perderam com a privatização da ferrovia, denunciam sindicatos britânicos

A 30 anos da aprovação da lei da privatização da ferrovia, sindicatos denunciam tarifas fraudulentas, serviços caóticos e o desvio do dinheiro dos contribuintes por parte de «corsários especuladores».

Mick Lynch, secretário-geral do sindicato RMT, num piquete de greve em Junho último 
Mick Lynch, secretário-geral do sindicato RMT, num piquete de greve em Junho último Créditos / morningstaronline.co.uk

A 5 de Novembro de 1993, foi aprovado o projecto do governo conservador liderado por John Major, que conduziu à «reestruturação» da British Railways Board, a empresa pública que detinha e operava o sistema ferroviário britânico.

A empresa pública foi então desmantelada e vendida. Enquanto o país festeja as três décadas de privatização, afirma no seu portal o sindicato dos transportes RMT, pelo menos 31 mil milhões de libras saíram do sector para os bolsos dos especuladores, sobretudo para os dos «accionistas de uma série de empresas que se alimentam do que deveria ser um serviço público vital».

Num documento intitulado «Privatização ferroviária – 30 anos de desperdício e aumento de tarifas», o RMT denuncia que os passageiros pagam hoje mais 8% em termos reais do que em 1993 para viajar num sistema a deteriorar-se.

Neste sentido, a organização sindical apelou «ao fim desta experiência desastrosa e à criação de uma empresa ferroviária única, integrada e pública, que permitiria poupar 1,5 mil milhões de libras todos os anos e reduzir o preço das tarifas em 18%, contribuindo para incentivar o regresso de mais pessoas à ferrovia no Reino Unido».

Lucram os «interesses privados parasitários», perdem os utentes

O secretário-geral do RMT, Mick Lynch, disse à imprensa que, «com a privatização, a ferrovia se tornou uma fonte para a nuvem de interesses privados parasitários que a rodeiam, enquanto os passageiros têm uma ferrovia cada vez mais cara e fracturada, com 55 milhões de tarifas diferentes, afectada por cortes de serviços e cancelamentos, e gerida por pessoas obcecadas com os cortes de pessoal».

Referindo-se ao plano de encerramento de bilheteiras do actual governo, «tremendamente impopular e impraticável», Lynch acrescentou que faz parte de um sistema «orientado pela defesa do lucro à custa dos passageiros».

Um outro sindicato de trabalhadores da ferrovia, o TSSA, classificou a privatização como «um falhanço caro» e apelou à renacionalização, refere o periódico Morning Star.

Maryam Eslamdoust, secretária-geral do sindicato, denunciou que a privatização significa encher os bolsos de «accionistas gananciosos» com os «subsídios dos contribuintes», e que empresas que não estão a cumprir sejam premiadas com novos contratos lucrativos, enquanto os passageiros são confrontados com comboios velhos, atrasos e cancelamentos.

Em seu entender, o regresso da ferrovia ao controlo público é o mínimo que se exige para respeitar os contribuintes e os utentes.

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