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Sucessão de ataques israelitas a palestinianos em centros de ajuda

Pelo menos 56 pessoas foram mortas e 300 ficaram feridas, entre quarta e sexta-feira, em ataques israelitas a centros de ajuda, afirmam as autoridades palestinianas em Gaza. A ONU condena.

As Nações Unidas estimam que a agressão israelita a Gaza tenha criado mais de 23 milhões de toneladas de detritos, que levarão anos a limpar 
As Nações Unidas estimam que a agressão israelita a Gaza tenha criado mais de 23 milhões de toneladas de detritos, que levarão anos a limpar Créditos / @UNRWA

Numa nota divulgada ontem, as autoridades palestinianas na Faixa de Gaza cercada denunciaram que Israel levou a cabo cinco ataques no espaço de 48 horas.

«Responsabilizamos inteiramente a administração norte-americana e a comunidade internacional, além da ocupação israelita, pelo crime de genocídio», lê-se na nota, em que se apela a «todos os países do mundo livre para que pressionem a ocupação a parar a guerra de genocídio e limpeza étnica contra o povo palestiniano».

Na quinta-feira à noite, pelo menos 21 pessoas foram mortas e mais de 150 ficaram feridas num desses ataques israelitas, que as autoridades palestinianas classificaram como «um massacre premeditado».

Segundo revela a Al Jazeera, com base na informação divulgada pelo Ministério palestiniano da Saúde, as forças israelitas abriram fogo contra milhares de pessoas que se estavam à espera de ajuda alimentar na Cidade de Gaza.

No mesmo dia, um outro ataque contra o mesmo centro de distribuição de comida provocou a morte de pelo menos seis pessoas, que necessitam de forma desesperada de ajuda alimentar, água potável e outros bens essenciais.

Dados preliminares apontam para mais de 400 palestinianos mortos em ataques israelitas deste género, nos quais as forças de ocupação usam helicópteros, tanques e drones.

«Inadmissíveis»: não se pode permitir que os ataques continuem

Na sua conta de Twitter (X), Martin Griffiths, coordenador da Ajuda de Emergência e subsecretário-geral para os Assuntos Humanitários da ONU, condenou estes ataques contra pessoas em busca de ajuda e afirmou que «não se pode permitir que continuem».

«As pessoas não deviam morrer enquanto tentam manter as suas famílias vivas», sublinhou.

«A distribuição da ajuda em Gaza deve ser feita de forma segura, digna e previsível. Qualquer coisa menos é inadmissível. A guerra deve acabar», defendeu.

Pelo menos um funcionário da Unrwa morto em Rafah

Esta sexta-feira, a Unrwa (agência da ONU de assistência aos refugiados palestinianos) revelou que pelo menos um dos seus funcionários foi morto e outros 22 ficaram feridos na sequência de um ataque das forças israelitas contra um centro de distribuição de ajuda em Rafah, no extremo Sul da Faixa de Gaza, região junto à fronteira com o Egipto onde se estima que cerca de 1,5 milhões de palestinianos estejam deslocados.

A unrwa informou que, no período de cinco meses da agessáo israelita, cerca de 150 edifícios seus foram atingidos / @UNRWA

Também ontem, a agência das Nações Unidas informou que os mais de cinco meses de agressão israelita a Gaza provocaram 23 milhões de toneladas de detritos.

«Serão necessários anos para limpar os escombros e as munições por explodir», estima a ONU.

Entretanto, a Unicef revelou, esta sexta-feira, que a má-nutrição aguda alastra rapidamente, atingindo níveis sem precedentes no Norte de Gaza. De acordo com um relatório publicado ontem, 31% dos menores de dois anos nessa zona do enclave costeiro sofrem de má-nutrição aguda, quando em Janeiro a percentagem era de 15,6%.

Presidência palestiniana alerta para consequências de ofensiva iminente em Rafah

Num comunicado divulgado pela Wafa, a Presidência da Palestina expressou «profunda preocupação» sobre «uma iminente ofensiva militar israelita em Rafah» – plano de agressão de que o governo israelita fala há muito e que reafirmou esta sexta-feira.

Essa acção «significa cometer um novo massacre e prosseguir os crimes de deslocação forçada contra o nosso povo», sublinha o texto da Presidência.

Por isso, considera urgente a acção imediata dos EUA e da chamada comunidade internacional para impedir uma agressão que «vai exacerbar o imenso sofrimento do povo palestiniano».

Bombardeamentos continuam

Com muitas fontes a apontarem para um acordo na calha e os falcões de ontem a aparecem hoje como pombas da paz democratas e defensoras de sempre do direito internacional e dos palestinianos, os bombardeamentos israelitas no enclave continuam – e não apenas contra centros de ajuda e distribuição de comida.

Cartaz relativo à concentração solidária com o povo palestiniano que terá lugar no Porto no próximo dia 19 / MPPM

Só esta noite e madrugada, pelo menos 80 pessoas morreram como resultado de ataques israelitas em vários pontos da Faixa de Gaza, 36 das quais no campo de refugiados de Nuseirat, no Centro do enclave. 

Já esta manhã, o Ministério palestiniano da Saúde revelou que, no decorrer da agressão em curso, o número de palestinianos mortos (registados) subiu para 31 553 e o de feridos para 73 546.

Por seu lado, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) revelou, ontem, que pelo menos 418 palestinianos foram mortos na Margem Ocidental ocupada, por tropas e colonos israelitas.

Solidariedade com a Palestina no Porto

Na próxima terça-feira, dia 19, realiza-se na Praceta da Palestina, no Porto, pelas 18h, uma concentração solidária com o povo palestiniano.

Convocada por MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), CGTP-IN e Projecto Ruído – Associação Juvenil, a mobilização exige o fim do genocídio, a paz no Médio Oriente e uma Palestina independente.

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