Deste modo, o presidente da República respondeu a uma congressista que se opõe ao projecto e que afirmou que, nesta reforma, «a única coisa que lhes importa é acabar com as EPS» – as Entidades Promotoras da Saúde (privadas) que, no país andino-amazónico, garantem quase por completo a prestação dos cuidados de saúde.
De acordo com Petro, o segundo objectivo da iniciativa, que foi dada a conhecer pelo seu governo em Fevereiro deste ano e que está agora a ser debatida na Câmara dos Representantes do Congresso, é garantir que os recursos públicos não se percam e sejam destinados directamente a hospitais, clínicas e consultórios.
O terceiro é que o pessoal da Saúde tenha garantias laborais. Outro objectivo é que a rede pública hospitalar seja reforçada do ponto de vista humano e tecnológico em todo o país; além disso, pretende-se que a educação pública superior na área das ciências da saúde aumente em todo o território nacional, disse ainda Petro.
Ontem, a Câmara aprovou mais dois artigos do projecto de reforma, apesar das tentativas da oposição de adiar o debate.
«Porque é que o debate é tão acalorado? Porque queremos que o Estado, que é o que recebe os recursos através dos impostos que pagam todos os colombianos, possa pagar directamente a quem presta o serviço», afirmou o ministro da Saúde, Guillermo Jaramillo.
Por seu lado, Alfredo Mondragón, do Pacto Histórico e proponente da iniciativa, disse que aqueles que apoiam a reforma no Congresso venceram a proposta de adiamento avançada pelos deputados da oposição.
«Vencemos a sabotagem planeada pelos defensores das EPS e conseguimos aprovar novos artigos da Reforma da Saúde. Avança a reforma vencendo o lóbi das EPS», frisou, citado pela Prensa Latina.
Até ao momento, foram aprovados 82 artigos dos 143 contidos no projecto, o que representa um avanço para uma proposta que pretende melhorar e reforçar o Sistema Geral de Segurança Social na Saúde e garantir a prestação de serviços de saúde como direito universal e adequada às necessidades da população.
Apresentado a 13 de Fevereiro último na Câmara dos Representantes, o projecto de lei contempla, entre outros aspectos, a criação de uma rede de centros de cuidados de saúde primários, em todo o país, com foco na medicina preventiva.
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