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Palestina: o massacre continua

Com responsáveis da ocupação a afirmar que haverá uma «autoridade militar em Gaza após o fim da guerra», milhares de pessoas provenientes de Khan Younis chegam a Rafah, fugindo dos bombardeamentos.

Organizações humanitárias alertam para o colapso do funcionamento dos serviços no Hospital Nasser, em Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza 
Organizações humanitárias alertam para o colapso do funcionamento dos serviços no Hospital Nasser, em Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza Créditos / PressTV

As forças israelitas continuaram a bombardear intensamente Khan Younis nos últimos dias, independentemente da decisão do Tribunal Internacional de Justiça que reconhece validade ao processo por genocídio interposto pela África do Sul.

Ontem, as autoridades sanitárias palestinianas deram conta de pelo menos 174 mortos e 310 feridos, no espaço de 24 horas, na sequência dos ataques israelitas em vários pontos do enclave costeiro, com particular incidência na cidade de Khan Younis, a sul.

Tal como ocorreu nos ataques ao Norte do enclave, as infra-estruturas de saúde foram bastante afectadas pelos ataques, nomeadamente no Hospital al-Amal, contra o qual as forças sionistas intensificaram os bombardeamentos, indica a Al Jazeera, levando a que as equipas médicas que ali ainda resistem sejam já incapazes de realizar operações cirúrgicas, devido à falta de oxigénio.

A informação foi veiculada pelo Crescente Vermelho palestiniano já esta manhã, quando se ficou a saber, igualmente, que num pátio do Hospital Nasser, também em Khan Younis, os corpos de pessoas mortas se vão amontoando e as famílias estão a enterrar em valas comuns as suas crianças falecidas.

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertou, este sábado, para o colapso de serviços médicos essenciais no Hospital Nasser, no meio dos bombardeamentos incessantes das forças israelitas.

De acordo com a organização, já não havia condições para tratar os pacientes ali presentes, também porque a maioria dos funcionários tinha tentado escapar, nos dias anteriores, para Rafah, mais a sul, juntamente com milhares de pessoas que ali procuravam refúgio, depois de as forças de ocupação lhes terem dado ordem de evacuação.

Em simultâneo, a MSF disse que os cerca de 300 ou 350 pacientes que ainda permaneciam no hospital não tinham condições para ser evacuados «porque é demasiado perigoso e não há ambulâncias», refere a PressTV.

Os bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza massacrada prosseguiram esta noite, revela a Wafa. De acordo com os dados preliminares divulgados pelo Ministério da Saúde por volta das 9h da manhã, 165 palestinianos foram mortos nas últimas 24 horas e 290 ficaram feridos, na sequência dos ataques.

Pelo menos 26 422 palestinianos foram mortos em Gaza na mais recente agressão sionista, e 65 087 ficaram feridos. O número de mortos, de acordo com a tutela, inclui mais de 11 mil menores e 7500 mulheres, num território em que quase dois milhões de pessoas foram deslocadas à força – o maior êxodo em massa de população palestiniana desde a Nakba (a «Catástrofe»).

Palestina denuncia campanha israelita contra agência humanitária da ONU

O governo da Autoridade Palestiniana denunciou, este domingo, a campanha lançada pelas autoridades israelitas contra a agência da ONU que tem a seu cargo a ajuda ao povo palestiniano, tendo exortado a chamada comunidade internacional a não apoiar a estratégia sionista.

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros condenou «a campanha sistemática de incitamento» contra Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA).

Nas últimas horas, pelo menos uma dezena de países, em que se incluem Países Baixos, Austrália, Reino Unido, Alemanha, Finlândia, Itália, EUA e Canadá, suspenderam a ajuda à agência, depois de Israel ter alegado que vários dos seus funcionários estiveram envolvidos nos ataques da resistência palestiniana de Outubro último – sobre os quais foi montada uma enorme campanha de propaganda e enredo, que tem vindo a ser desmontada a pouco e pouco.

A diplomacia palestiniana expressa a sua «surpresa» perante as medidas adoptadas por diversos países ocidentais antes mesmo da conclusão das investigações das Nações Unidas, tendo-lhes pedido que as revertam imediatamente.

Em simultâneo, afirma que, se as alegações sionistas fossem provadas, não deveriam prejudicar o trabalho da UNRWA, porque as acções apontadas não reflectem a política do organismo, nem as directrizes e instrucções dos seus funcionários.

Ontem, em comunicado, a UNRWA lembrou que é «a principal agência humanitária em Gaza, com mais de dois milhões de pessoas a dependerem dela para a sua sobrevivência».

Na rede social Twitter (X), Jeremy Corbyn, ex-líder Trabalhista britânico, descreveu o corte de fundos como «uma punição colectiva», e teceu fortes críticas ao governo do seu país pela sua «depravação moral para com palestinianos a morrer à fome».

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