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EUA treinam terroristas para ataques nas ex-repúblicas soviéticas, acusa Moscovo

Forças norte-americanas na Síria estão a recrutar e treinar dezenas de jihadistas para levar a cabo ataques na Rússia e outros estados da ex-União Soviética, revelam os serviços secretos russos.

Forças de ocupação norte-americanas na Síria, em 2018 
Forças de ocupação norte-americanas na Síria, em 2018 CréditosHussein Malla / The Cradle

As forças de ocupação dos EUA na Síria têm estado a treinar pelo menos 60 militantes ligados ao Daesh e à Al-Qaeda, na base de al-Tanf (na Síria, junto à fronteira com a Jordânia e o Iraque), para que realizem ataques no território da Rússia e de outros países da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), segundo os serviços secretos russos (SVR).

«De acordo com informações fidedignas recebidas pelo Serviço de Inteligência Externa da Rússia, o Exército norte-americano está a recrutar activamente militantes de grupos jihadistas filiados no Daesh e na Al-Qaeda para levarem a cabo ataques terroristas na Rússia e países da CEI», afirma o SVR num comunicado de 13 de Fevereiro citado pela agência TASS.

No texto, afirma-se que 60 destes terroristas, com experiência de combate no Médio Oriente, foram seleccionados em Janeiro e estão a receber formação acelerada em al-Tanf, para aprender a fazer e a utilizar engenhos explosivos improvisados, bem como métodos subversivos.

«Está a ser dada ênfase particular ao planeamento de ataques contra instalações fortemente guardadas, incluindo missões diplomáticas estrangeiras», alerta o SVR, acrescentando que os planos de Washington passam pelo envio de pequenos grupos de militantes para a Rússia e outros países da CEI.

De acordo com o comunicado do SVR, divulgado pela TASS, este plano envolve a cooperação de células clandestinas de organizações terroristas internacionais, nomeadamente Hizb ut-Tahrir, Jamaat Ansarullah e Movimento Islâmico do Uzbequistão.

«Tais acções colocam Washington em pé de igualdade com os grandes grupos terroristas internacionais», denunciam os serviços russos.

Esta acusação por parte de Moscovo ocorre poucos dias depois de o jornalista Seymour Hersh ter revelado que a administração norte-americana realizou, o ano passado, uma operação secreta em alto mar para fazer explodir o oleoduto russo Nord Stream 2.

Outro aspecto destacado pela imprensa (alguma), a propósito do comunicado desta segunda-feira dos serviços secretos russos, é o de que a Rússia tem acusado reiteradamente os EUA de treinarem centenas de militantes jihadistas – do Daesh, da Al-Qaeda, da Hayat Tahrir al-Sham – nas suas bases na Síria antes de os mandar para os campos de batalha na Ucrânia, na sequência da invasão russa, em Fevereiro de 2022.

O ano passado, Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério russo da Defesa, disse que havia mercenários e especialistas militares de 64 países envolvidos no conflito na Ucrânia, refere o portal The Cradle.

Em Maio de 2022, o SVR afirmou que havia aproximadamente 500 terroristas e militantes do Cáucaso e dos países da Ásia Central a receber treino na base de al-Tanf para realizarem acções de sabotagem e terrorismo contra unidades das Forças Armadas russas, tanto na Síria como na Ucrânia.

Os Estados Unidos são há muito acusados – por Damasco e Moscovo – de treinarem e apoiarem militantes terroristas na Síria (e também no Iraque).

Em Agosto de 2022, o embaixador russo junto das Nações Unidas, Vassily Nebenzya, disse ao Conselho de Segurança que a retirada das forças norte-americanas da Síria «acabaria» com a presença de grupos terroristas no país, refere a PressTV.

«A retirada das forças de ocupação dos EUA do território sírio significaria uma rápida e inevitável eliminação da presença terrorista neste país tão sofrido e das redes terroristas nos estados vizinhos», disse então o representante russo.

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