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|1.º de Maio

CGTP-IN exige aumento geral dos salários e 800 euros de salário mínimo já em Julho

A «situação extraordinária» que vivemos pressupõe «medidas extraordinárias», defendeu esta tarde na Alameda, em Lisboa, a secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha. 

CréditosAntónio Pedro Santos / Agência Lusa

«A CGTP-IN aqui está, com os trabalhadores e a força do trabalho para rejeitar os que com jeitos mais autoritários ou mascarados de modernos, querem impor a lei do salve-se quem puder, do cada um por si, do menos Estado e dos que querem transformar em negócio de alguns, os direitos conquistados de quem trabalha», disse a líder da central sindical no fim do desfile do 1.º de Maio, que voltou a preencher a Avenida Almirante Reis, terminando, como habitual, na Alameda D. Afonso Henriques. 

Perante milhares de participantes, Isabel Camarinha defendeu que, apesar do argumentário usado pelo Governo e pelo patronato face ao brutal aumento do custo de vida, os trabalhadores precisam de uma resposta imediata. «Se o Governo está preocupado com o aumento dos preços, porque se recusa a impor medidas que conduzam à fixação de preços máximos nos combustíveis e onde impera a especulação?», indagou.

Com a escalada dos preços nestes primeiros meses, esclareceu Isabel Camarinha, «os salários e as pensões de reforma já foram comidos em 7%, um trabalhador com um salário de 800 euros, já baixou para 744, perdeu 56 euros». «Perdeu-os agora e é agora que o poder de compra tem que ser reposto», vincou. 

A Intersindical contesta a ideia de que os aumentos salariais provocam uma «espiral da inflação», criticando as opções presentes no Orçamento do Estado, aprovado sexta-feira na generalidade, que «passa ao lado das dificuldades dos trabalhadores» e das medidas necessárias para o País avançar e desenvolver-se.

Neste sentido, reivindica aumentos extraordinários dos salários, inclusive dos que foram actualizados, mas cuja revisão foi absorvida pela inflação, o aumento extraordinário do salário mínimo nacional, fixando-o nos 800 euros a partir de 1 de Julho de 2022, 90 euros de aumento salarial de aumento para todos os trabalhadores, bem como o aumento extraordinário de todas as pensões e reformas, num mínimo de 20 euros.

Isabel Camarinha frisou que o aumento dos salários «já era uma urgência nacional», mas que com a evolução da situação económica e social torna-se uma questão central para acabar com a «vergonha» de um em cada dez trabalhadores empobrecer mesmo trabalhando, e de uma em cada quatro crianças ser pobre. «Porque pobres são os seus pais, e mais pobres ficarão se o SMN não subir, já a partir de Julho para os 800 euros, no caminho dos 850 euros a curto prazo», vincou a dirigente.

A Intersindical defende que o aumento geral dos salários é «necessário e é possível», e apresenta a forma de lá chegar: haver melhor distribuição da riqueza produzida diariamente pelos trabalhadores. Lembrando palavras recentes do presidente executivo da Galp, que admitiu que a empresa estava a ganhar com o actual contexto do mercado petrolífero, rejeitando uma taxa sobre lucros extraordinários, a líder da CGTP-IN disse ser «inaceitável ouvir os que de barriga cheia, «os que comem tudo e não deixam nada», digam que «é tempo de nos habituarmos a comer menos um bocadinho».

«Uma melhor distribuição da riqueza é um motor do crescimento e do desenvolvimento económico, que, com mais consumo, permite que as empresas produzam mais e vendam a sua produção, que o Estado arrecada mais meios financeiros para melhorar a sua actividade, que se crie emprego», evidenciou Isabel Camarinha.

No plano do emprego, a CGTP-IN que ele seja criado com «mais direitos» e sejam revogadas as normas gravosas da legislação laboral, «das que permitem e perpetuam a precariedade que o Governo, com a sua Agenda para o Trabalho Digno, se recusa a combater». 

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