Em 2018 celebram-se 20 anos da atribuição do Nobel da Literatura a José Saramago

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Saramago: humanista, pensador e político

Nos 20 anos da atribuição do Prémio Nobel da Literatura a José Saramago, lembramos também o político e humanista, que alicerçava na defesa dos direitos humanos o pensamento, a obra e a acção. Tal como escreveu na obra José Saramago nas suas palavras: «Já que temos que morrer, que alguma coisa fique.» E ficou muito.

Carlos Carvalhas, secretário-geral do PCP, cumprimenta José Saramago junto ao Centro de Trabalho Vitória, em Outubro de 1998, na chegada a Lisboa depois do anúncio do Prémio Nobel
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José Saramago, rodeado por crianças, dando autógrafos depois de ter assistido aos Encontros de Literaturas Ibero-Americanas, em 16 de Outubro de 1998, no Porto. «As histórias para crianças devem ser escritas com palavras muito simples… Quem me dera saber escrever essas histórias…», in «A Maior Flor do Mundo»
CréditosFrancisco Neves / Agência Lusa
«Ainda precisávamos de Cunhal quando ele se retirou. Agora é demasiado tarde. O que não conseguimos é iludir esta espécie de sentimento de orfandade que nos toma quando nele pensamos. Quando nele penso. E compreendo, garanto que compreendo, o que um dia Graham Greene disse a Eduardo Lourenço:
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O presidente cubano, Fidel Castro, posa com o escritor português José Saramago durante uma manifestação contra o bloqueio a Cuba, em Matosinhos, no dia 18 de Outubro de 1998, depois da VIII Cimeira Ibero-Americana
CréditosJoão Abreu Miranda / Agência Lusa
No dia em que regressou a Lisboa após a atribuição do Nobel, o PCP prestou-lhe homenagem numa sessão realizada no Centro de Trabalho Vitória, na Avenida da Liberdade, em Lisboa.
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No mesmo dia, José Saramago participa num acto de solidariedade na Praça do Comércio, em Lisboa, para com os trabalhadores que ali promoviam uma jornada de luta contra as propostas de alteração à legislação laboral, promovidas pelo governo de então.
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José Saramago num debate na Festa do Avante!, em 1999, acompanhado por José Casanova e Manuel Gusmão.
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Reprodução do selo dos CTT, comemorativo da atribuição do prémio Nobel da Literatura a José Saramago, 14 de Dezembro de 1998
Créditos / Agência Lusa
O escritor, numa sessão de autógrafos do livro «Viagens a Portugal», na Feira do Livro de Lisboa, em 1999. «Eu não conheci nenhum escritor na Feira do Livro, antes e depois do Prémio Nobel, que tivesse tanta gente a pedir autógrafos», revelou José Sucena, antigo presidente da Editorial Caminho, em entrevista ao AbrilAbril
Créditos / Notícias Magazine
O escritor num debate na Festa do Avante!, em 1993. Além dos inúmeros debates em que participou, José Saramago foi também um construtor da Festa
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Militante comunista desde 1969, José Saramago foi candidato ao Parlamento Europeu, pela CDU, em todas as eleições para aquele órgão, desde 1987 até 2009
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O Prémio Nobel da Literatura foi atribuído há 22 anos ao escritor português José Saramago (1922-2010) e pela primeira vez à Língua Portuguesa.
[Grafiti da autoria de Alexandre Farto (Vhils) com a cara do Prémio Nobel português José Saramago na fachada da Universidade Carlos III, Madrid, 10 de Novembro de 2016]
CréditosKiko Huesca / Agência Lusa
José Saramago abraça um amigo de infância durante a apresentação do livro «As Pequenas Memórias», na Azinhaga, terra natal do escritor, no concelho da Golegã, em 16 de Novembro de 2006
CréditosPaulo Cunha / Agência Lusa
O escritor, no encontro comemorativo do 60.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa, em 15 de Novembro de 2008. «A mesma esquizofrénica humanidade capaz de enviar instrumentos a um planeta para estudar a composição das suas rochas, assiste indiferente à morte de milhões de pessoas pela fome. Chega-se mais facilmente a Marte do que ao nosso próprio semelhante. Alguém não anda a cumprir o seu dever», denunciou no discurso do Nobel, em 10 de Dezembro de 1998
CréditosJosé Sena Goulão / Agência Lusa