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|Toxicodependência

Rui Moreira quer voltar a criminalizar o consumo de droga

No ano em que se assinalam os 20 anos da despenalização, o presidente da Câmara do Porto propõe um retrocesso social que pode pôr em causa os avanços conseguidos com os programas de combate às dependências.

Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, e Rui Rio, líder do PSD CréditosJosé Coelho / Agência Lusa

Na Assembleia Municipal do Porto, Rui Moreira renovou a ideia de criminalizar o consumo de drogas na via pública, nomeadamente junto às escolas, noticia o JN.

A ideia ressurge em função de inúmeras queixas de moradores, que se intensificaram na sequência da demolição do Bairro do Aleixo.

A eleita da CDU, Joana Rodrigues, concordando com o combate ao tráfico, criticou o Executivo pelo desmantelamento do Bairro do Aleixo, referindo que «todo o processo foi mal conduzido e maltratado». Já Susana Constante Pereira, do BE, referindo-se à deslocação do tráfico e do consumo para «novos territórios», designou a situação de «alarme social».

Duas décadas de combate à toxicodependência

Nos últimos 20 anos, Portugal lançou, por iniciativa do PCP, uma importante política de combate ao consumo e dependência de estupefacientes. A punição penal manteve-se a quem trafica. No entanto, quem consome deixou de ser considerado criminoso, sendo antes encaminhado para comissões de avaliação que determinam a melhor resposta a título individual.

O princípio geral aprovado há 20 anos é o de que o toxicodependente é um doente e que a solução para o problema pessoal, familiar e social é o do tratamento e da reinserção social. A punição, nomeadamente com pena de prisão, não só não contribui para a cura, como pode agravar a toxicodependência. O consumo de substâncias psicoactivas é, desde então, um acto punível com contraordenação.

Em entrevista ao JN, João Goulão, presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), afirma ser contra a ideia de criminalizar o consumo, uma vez que tal constituiria um retrocesso. Goulão admite que se pode discutir «a eficácia no encaminhamento [das pessoas indiciadas] para as comissões» de dissuasão da toxicodependência, as quais têm como objectivo definir a resposta mais adequada, «que pode passar pelo tratamento ou pelo apoio social e psicológico».

O presidente do SICAD alerta que, hoje, quem for interceptado a consumir droga «é intimado a comparecer junto a uma comissão de dissuasão. Para além da sanção administrativa, é encaminhado para ter a resposta mais adequada».

João Goulão explica que este modelo «tem funcionado bem em Portugal. Há estudos que o confirmam. Até 2017, os serviços receberam 121 500 pessoas. A maioria foi avaliada como não dependente e 19 500 foram encaminhadas para os especialistas, tendo 8750 aceitado submeter-se a tratamento».

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