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|Revolução de Abril

Morreu Dinis de Almeida, capitão de Abril e defensor da revolução

Foi um dos militares do 25 de Abril e teve um papel destacado na resistência ao golpe spinolista do 11 de Março. Morreu este domingo, aos 76 anos, vítima da Covid-19.

Dinis de Almeida durante uma intervenção no II Congresso Internacional de Marx em Maio, na Faculdade de Letras de Lisboa, em Maio de 2014Créditos

A notícia sobre a morte de Dinis de Almeida foi confirmada à Lusa por Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril.

O coronel reformado de artilharia Eduardo Dinis Leitão dos Santos Almeida nasceu em Lisboa, a 7 de Julho de 1944, e foi um destacado militar da Revolução dos Cravos.

Participou no Movimento dos Capitães – depois Movimento das Forças Armadas (MFA) – desde os primeiros momentos, tendo sido em sua casa que foi feita a reunião preparatória do primeiro encontro alargado de militares, no Alentejo, realizado a 9 de Setembro de 1973 numa herdade em Alcáçovas (Viana do Alentejo).

Nesse encontro, cerca de centena e meia de capitães e outros oficiais assinaram um documento, que posteriormente foi posto a circular, para recolha de assinaturas de solidariedade, e elegeram uma Comissão Provisória do Movimento de Capitães, a qual Dinis de Almeida integrou.

Os militares de Abril Lopes Camilo, Bicho Beatriz, Rosário Simões, Dinis de Almeida e Vasco Lourenço juntaram-se em Évora, em 2004, para uma reconstituição das primeiras reuniões do movimento dos capitães, que se viria a tornar o Movimento das Forças Armadas (MFA) CréditosManuel Moura / LUSA

Na noite de 24 para 25 de Abril de 1974, o então capitão prende o comandante do Regimento de Artilharia Pesada (RAP3), na Figueira da Foz, onde se encontrava colocado, toma o controlo da unidade e avança sobre Peniche. Mais tarde a sua coluna virá a ocupar o quartel da Legião Portuguesa, na Penha de França, em Lisboa.

Colocado no Regimento de Artilharia Ligeira n.º 1 (RAL1, também conhecido como Ralis), em Lisboa, teve uma participação  destacada na defesa da unidade ao ataque aéreo e aerotransportado que causou um morto e vários feridos, durante a tentativa de golpe spinolista de 11 de Março de 1975.

A sua acção decidida impediu que forças especiais atacantes, transportadas em helicópteros e apoiadas por aviação, tomassem a unidade. Teve também um papel fundamental na desmobilização dessas forças sem mais perdas de vida, ao sair do quartel para dialogar com as mesmas, em imagens que foram transmitidas pela televisão e se tornaram célebres.

Entre o 11 de Março e o 25 de Novembro, o major Dinis de Almeida foi um dos militares defensores da institucionalização da aliança entre o povo e as Forças Armadas (Aliança Povo-MFA) e do aprofundamento das conquistas da Revolução de Abril.

Esteve preso vários meses após o 25 de Novembro, com acusações das quais saiu completamente ilibado, mas a sua carreira militar foi, tal como a de muitos outros militares de Abril, prejudicada.

Apenas lhe foi feita justiça em 2003, com a promoção retroactiva a coronel. Passavam 30 anos sobre a data em que o então jovem capitão participava nas primeiras reuniões que iriam conduzir ao derrube do fascismo e à libertação do povo português.

Dinis de Almeida exerceu outras actividades profissionais, nomeadamente como psicólogo, e continuou a manter uma actividade cívica em defesa dos valores de Abril.

Além de várias entrevistas, e intervenções em conferências e outras iniciativas públicas, foi o autor de dois importantes livros sobre o MFA: Origens e evolução do Movimento de Capitães (Edições Sociais, 1977) e Ascensão, apogeu e queda do M. F. A. (2 vls., Edições Sociais, 1978).

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