Xu Guixiang, representante do governo autónomo, condenou e rejeitou de forma veemente o chamado «tribunal uigur», que pretende levar a cabo uma «audiência» sobre alegações de «genocídio e crimes contra a humanidade» contra o povo Uigur na Região Autónoma Uigur de Xinjiang, no Noroeste da China.
Numa conferência de imprensa em Pequim, esta terça-feira, Xu destacou que o dito «tribunal» carece de base e consequências legais, de acordo com o direito internacional e o exercício da justiça penal.
«Qualquer suposto "veredicto" ou "sentença" do "tribunal" não é nada mais que um pedaço de papel para o caixote do lixo», disse, citado pela Xinhua.
Promovido por várias figuras do Reino Unido, pelos EUA e forças anti-chinesas em conluio com o Congresso Mundial Uigur e outras organizações do Turquestão Oriental, o «tribunal uigur» é um pseudo-tribunal criado para atacar Xinjiang e difamar a China, interferindo nos seus assuntos internos, afirmou o representante.
Xu acrescentou que é «simplesmente absurdo» ver um tribunal ilegal realizar uma «audiência» sobre «a mentira do século».
«Isto representa uma violação grave do direito internacional, uma profanação grave das verdadeiras vítimas de "genocídio" e uma provocação grave às 25 milhões de pessoas de todos os grupos étnicos em Xinjiang», afirmou, ainda citado pela Xinhua.
Em Março último, a China sancionou quatro empresas e nove indivíduos britânicos – alguns dos quais também ligados à interferência nos assuntos internos do país em Hong Kong – por causa da criação do chamado «tribunal uigur».
As autoridades chinesas disseram então estar firmemente empenhadas na «defesa da sua soberania nacional, segurança e desenvolvimento», e acusaram os visados de disseminar «maliciosamente» «mentiras e desinformação» sobre a situação em Xinjiang.
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