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|Brasil

Novo responsável pelo instituto da reforma agrária no Brasil é latifundiário

O novo presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, responsável pela promoção da reforma agrária no Brasil, é fazendeiro e herdeiro de uma das maiores fortunas do Rio Grande do Norte.

Trabalhadores rurais sem terra ocupam uma fazenda (imagem de arquivo) Créditos / meon.com.br

Dono de fazendas de criação de gado, o economista Geraldo José da Câmara Ferreira de Melo Filho, que foi nomeado no passado dia 16 presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), faz parte do clã Melo, que, segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), possui cerca de 17 mil hectares de terras no estado no Rio Grande do Norte – sendo que uma parte desta área está improdutiva há décadas, desde que as usinas de cana-de-açúcar faliram, por má gestão.

Nessas áreas improdutivas, existem 13 acampamentos do MST, que reivindica as terras dos Melo para a reforma agrária – algo que depende directamente da actuação do Incra, um órgão que está hoje sob o comando do latifundário e herdeiro de latifundiários, informa o Brasil de Fato.

«O recém-nomeado presidente do Incra é a cara desse governo. É latifundiário, é escravocrata e criminaliza a luta social. Ele rasga a Constituição e os direitos dos trabalhadores. Cabe a nós organizar, resistir e lutar pela reforma agrária», disse ao portal brasileiro Alexandre Conceição, da coordenação nacional do MST.

Governo podia promover a reforma agrária

Actualmente, o MST mantém nessas terras os acampamentos Tatiane Lindolfo, Mariele Comuna, Chico Santa, Irmã Dorytty, Luiz Gonzaga, Cicero Pedro, Florestan Fernandes, Resistência Camponesa, Margarida Alves, Jaciele, Nova Esperança, Marielle Franco e Marcos Aurélio.

Alexandre Conceição afirma que há dívidas nomeadamente com a Receita Federal e com o Estado, pelo que o governo poderia desapropriar as terras «pelo valor das dívidas» e «promover a reforma agrária».

Por seu lado, Gerson Justino, da direcção regional do MST no Rio Grande do Norte, defendeu que «as perspectivas não são boas após a nomeação de um pecuarista e latifundiário para o comando do Incra», mais ainda tendo em conta «o poder político e económico da família Melo na região, onde é tensa a questão das terras onde estão os acampamentos dos sem-terra». «Inclusive, ameaçam as famílias com jagunços», denunciou.

A «fartura» dos Melo

O novo presidente do Incra é filho de Geraldo Melo e Ednólia Melo, patriarca e matriarca de um clã conhecido por deter uma enorme fortuna no estado nordestino e «recorrentemente ligado a casos de corrupção e escândalos», refere o Brasil de Fato.

Ednólia Melo foi presidente do Município de Ceará-Mirim – onde se concentra uma boa parte das propriedades da família – e, em 2015, foi condenada por omissão na prestação de contas dos recursos que deviam ter sido usados num programa de combate à fome no município, sendo obrigada a ressarcir os cofres públicos pelos danos causados.

O pai do presidente agora nomeado para o Incra, Geraldo Melo, foi vice-governador e governador do Rio Grande do Norte, sempre ligado a partidos da direita brasileira. Também foi militante do Arena (Aliança Renovadora Nacional), o partido de sustentação da ditadura militar, e do seu sucessor, o PDS (Partido Democrático Social).

O Brasil de Fato afirma ter tentado entrar em contacto com o Incra para solicitar o posicionamento do novo presidente sobre estes factos, sem sucesso.

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