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|Colômbia

Mobilização continua imparável na Colômbia

Centenas de milhares voltaram a encher as ruas em protesto contra o governo de Iván Duque e para exigir mudanças estruturais no país, numa jornada de mobilização designada «Tomada das Cidades Capitais».

Apesar da intensa repressão policial, as mobilizações não param na Colômbia Créditos / bluradio.com

O Comité da Greve, envolvido em negociações com o governo de Iván Duque, tinha pedido à população que fizesse desta quarta-feira a maior jornada de mobilização na Colômbia, de modo a reforçar a posição do Comité, que integra vários organismos, junto do executivo.

Francisco Maltés Tello, presidente da Central Unitária dos Trabalhadores (CUT), pediu à população que viesse para as ruas em força nesta quarta-feira e também amanhã, quando passa um mês desde o início dos protestos no âmbito da greve geral contra o governo colombiano.

Ontem, os manifestantes responderam ao apelo mobilizando-se aos milhares nas capitais dos municípios e dos departamentos do país, tendo denunciado, também com recurso a marchas tradicionais e expressões artísticas, o modo como o governo de Duque tem lidado com protesto social, como se fosse «uma guerra».

Por isso, exigiram o fim do Esquadrão Móvel Anti-Distúrbios (Esmad), um corpo policial bem conhecido (e temido) no país sul-americano pelos abusos cometidos contra os manifestantes, no actual contexto, mas também contra a população em geral, em contextos anteriores.

Outra exigência dos manifestantes foi a demissão do ministro da Defesa, Diego Molano, que esta semana foi apontado no Senado e na Câmara dos Representantes como responsável político pela violência policial contra os mobilizados na greve.

Denunciaram igualmente o «uso excessivo da força» por parte de forças militares e policiais desde o início da greve geral, visando em particular os jovens, refere a Prensa Latina.

Comissão governamental adiou assinatura de acordo

Depois de ter alcançado, na segunda-feira, um pré-acordo com o governo sobre garantias para o exercício do direito à manifestação e prosseguir com as negociações, o Comité da Greve acusou o presidente Iván Duque de adiar o diálogo com vista a encontrar respostas para as reivindicações populares.

Fabio Arias (CUT), que integra o Comité, disse que a comissão governamental adiou para esta quinta-feira a assinatura de um acordo, a partir do qual seja possível iniciar a negociação do caderno reivindicativo de emergência que foi apresentado há um ano, revela a TeleSur.

Embora o governo tenha anunciado a retirada da reforma tributária que propôs, em virtude da mobilização popular, e tenha implementado algumas medidas há muito reclamadas pela população, nomeadamente no sector da Educação, os protestos contra as políticas neoliberais de Duque mantêm-se, com um leque de reivindicações crescente.

Isso mesmo voltou a ficar vincado nas mobilizações de ontem, com agricultores, indígenas, ex-guerrilheiros das FARC-EP, entre outros, a reclamarem o direito à terra e a reforma agrária; o fim da violência e da estigmatização; a implementação dos acordos de paz e o fim dos assassinatos.

Forte repressão policial na terça e quarta-feira

A noite de terça-feira ficou marcada por grande violência policial na zona do Portal de las Américas, em Bogotá, que se tornou um símbolo de resistência contra o governo de Duque.

O mais grave, na terça-feira, ocorreu em Tuluá, cidade do departamento de Valle del Cauca, onde um jovem de 19 anos foi morto por agentes do Esmad. De acordo com o Colombia Informa, trata-se da quinta vítima mortal no município desde o início da greve geral, a 28 de Abril.

Nessa mesma noite, revela a TeleSur, um grupo de civis incendiou o edifício do Palácio da Justiça. Várias organizações afirmam que homens encapuzados, presumivelmente apoiados por agentes da Polícia e do Esmad, atearam o fogo, sendo que o objectivo era «estigmatizar» os manifestantes, que protestavam de forma pacífica.

Ontem, informa ainda a TeleSur, pelo menos 236 pessoas – incluindo mulheres e crianças – ficaram feridas no contexto da jornada de luta, em virtude da forte repressão exercida pelo Esmad e a Polícia Nacional.

Só em Usme, a sul de Bogotá, organismos humanitários registaram 185 feridos como resultado da acção policial, 18 dos quais com feridas de bala.

De acordo com o relatório mais recente da organização não governamental Temblores, entre 28 de Abril e 25 de Maio, registaram-se 3155 casos de violência policial, 955 casos de violência física e 43 casos de homicídio presumivelmente cometidos pelo Esmad (outros estão a ser avaliados).

A Temblores regista ainda 1388 casos de detenções arbitrárias, 46 casos de vítimas com lesões oculares e 22 de vítimas de violência sexual perpetrados pela Polícia.

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