Militares do Exército Árabe Sírio (EAS) num posto de controlo à entrada da aldeia de Tal Dahab, a sul da cidade de Qamishli, na fronteira sírio-turca, impediram a passagem dos ocupantes norte-americanos e seus aliados curdos, obrigando-os a deixar a área.
A coluna militar era composta por cinco veículos blindados dos EUA acompanhados por uma carrinha pickup das chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS), milícias de maioria curda apoiadas por Washington, informa a agência SANA.
A localidade de Tal Dahab é um dos focos de resistência civil à ocupação norte-americana da rica região petrolífera de Hasaka, no Nordeste sírio. A população tem impedido por diversas vezes, com a ajuda dos militares sírios,, a passagem dos ocupantes na zona da sua aldeia, como aconteceu em Maio passado.
Estas acções não são sem risco. Em 2020, helicópteros norte-americanos metralharam o posto de controlo do EAS em Tal Dahab, em represália por não lhes ter sido permitida a passagem, causando a morte de um soldado e ferimentos em vários.
Roubo de petróleo no território ocupado prossegue como habitual
Uma coluna de 35 camiões-cisterna, com petróleo roubado pelos EUA dos campos petrolíferos de Al-Jazira, na mesma província de Hasaka do Nordeste sírio, e de 23 veículos carregados com equipamento logístico e militar, foi vista a dirigir-se para território iraquiano através dos postos fronteiriços ilegais de Al-Mahmoudiya e Al-Walid, relata o correspondente local da SANA.
Há pelo menos dois anos que os EUA e os seus aliados das milícias curdas, estabelecidos pela força das armas norte-americanas, saqueiam as riquezas naturais da Síria. Em Dezembro de 2021 o vice-ministro sírio do Petróleo denunciou que os Estados Unidos e as FDS roubam cerca de 80% da produção de crude no país.
Registe-se que, ao mesmo tempo que este roubo é levado a cabo, a Síria vive sujeita a um severo regime de sanções, por parte dos EUA e dos seus aliados na União Europeia e na NATO, dificultando seriamente a reconstrução do país, depois da vitória militar no terreno contra os terroristas do Estado Islâmico e da Al-Qaeda, usados por Washington para desestabilizar a região.
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