A situação está rapidamente a tornar-se insustentável. «Os trabalhadores do sector social não podem continuar a aceitar que, ano após ano, os seus salários, as suas competências profissionais e as suas condições de trabalho sejam sistematicamente desvalorizadas e desconsideradas sob o pretexto da inevitabilidade e da sustentabilidade das instituições», afirma, em comunicado, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS/CGTP-IN).
Os trabalhadores do sector social (das IPSS, Misericórdias e Mutualidades) continuam a perder salário e poder de compra. Isto tudo enquanto as instituições continuam «a receber apoios extraordinários do Governo para fazer face ao aumento da inflação e do custo de vida, com retroactivos a Janeiro».
Entre 2019 e 2021, os acordos de cooperação celebrados entre as instituições e o Governo foram reforçados em 11%. Já em 2022, foram novamente actualizados em 3,6% para a generalidade das respostas sociais, 8% para as Estruturas Residenciais Para Pessoas Idosas (ERPI) e 12% para os Centros de Dia, «mas mais uma vez estes valores não reverteram para os que diariamente trabalham no sector e executam as funções sociais do Estado».
Por aumentos saláriais, o respeito pelos conteúdos profissionais contratualmente estabelecidos, o cumprimento dos horários de trabalho e a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, os trabalhadores partem para uma greve nacional durante todo o próximo dia 21 de Outubro.
Está também convocada uma concentração para as 11h desse dia, junto ao Ministério do Trabalho, na Praça de Londres, em Lisboa.
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