Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

|comunicação social

PCP exige esclarecimento cabal sobre ameaça de despedimento colectivo na Global Media

A Global Media, dona do JN, DN e TSF, avisou as delegadas sindicais sobre um eventual despedimento colectivo de 150 trabalhadores (1/3 do total). PCP quer saber de que apoios do Estado português beneficiou o grupo.

CréditosTiago Petinga / Agência Lusa

Através do despedimento de 150 trabalhadores (Um terço do total de trabalhadores do grupo: 500), o objectivo da Global Media Group (GMG), dona de títulos como o Jornal de Notícias (JN), Diário de Notícias (DN) e a rádio TSF, é «contrariar uma situação financeira muito complicada». Estas afirmações da empresa surgem apenas dias depois da a GMG ter concluído um processo de reestruturação accionista, com a entrada do fundo de investimentos World Opportunity Fund, sediada nas Bahamas.

As delegadas sindicais a quem a GMG colocou esta possibilidade questionaram avisaram ainda a administração da «impossibilidade de se continuar a fazer um jornal como o JN com a machadada nos já parcos recursos que pode representar a anunciada intenção». Ao Público, José Paulo Fafe, administrador executivo da GMG, afirmou que o despedimento colectivo é apenas uma de várias soluções para estes títulos.

A saída recente de Marco Galinha, no seguimento da reestruturação accionista, levou à alienação, a seu favor (da empresa Palavras de Prestígio, do empresário Marco Galinha/Grupo Bel) das revistas Evasões, Volta ao Mundo e Mens Health. Por essa ocasião, a 13 de Novembro, o conselho de redacção do JN acusou a administração de uma «tentativa de ingerência externa em competências exclusivamente editoriais».

Em pergunta endereçada aos Ministérios da Cultura, das Finanças, da Economia e do Mar e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, PCP exige conhecer apoio do Governo português à Global Media

«É público que o empresário Marco Galinha, até há pouco presidente da GMG, pretendia alienar os 45,71% do capital da Lusa - Agência de Notícias de Portugal que controlava – 23,36% através da GMG e 22,35% via empresa Páginas Civilizadas, então pertencente ao Grupo Bel por si detido, mas que em Outubro passou a ser controlada (51%) pelo referido fundo WOF», refere o PCP.

Considerando «a situação na GMG e a evolução accionista da Agência Lusa», os comunistas exigem um cabal esclarecimento sobre as intenções do Governo PS em recuperar as participações da agência noticiosa entregues aos privados (que noutras empresas perspectivam despedimentos desta envergadura).

Sobre a ameaça de despedimento destrutiva no JN, DN e TSF, o PCP exige que o Governo PS esclareça que acompanhamento «está a fazer, ou tenciona fazer, do anunciado despedimento coletivo? E que diligências pretende tomar para salvaguardar os postos de trabalho e os direitos dos trabalhadores».

Sindicato dos Jornalistas define decisão da Global Media como «impensável, inacreditável e ignóbil»

Em comunicado, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) considera que despedir jornalistas em títulos já carenciados de recursos humanos é impensável, inacreditável e ignóbil, e torna o exercício do jornalismo inviável». É  um contrassenso, afirmam, «quando a medida é anunciada menos de duas semanas depois do reforço do Diário de Notícias, outro título do grupo, com vários jornalistas».

Numa reunião realizada há pouco mais de duas semanas, entre o SJ e os novos administradores da GMG, o patronato garantiu que a sua entrada no grupo era sinónimo de investimento: é uma atitude impensável ainda há menos de um mês, quando a administração, em reunião com o SJ, disse que estava aqui para investir e fazer crescer: exactamente o contrário do que é agora tornado público.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui