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|mobilidade e transportes

Muito ruído, mas trabalhadores da Atlânticoline não desistem

Arrancou, no início de Março, um novo período de greve na Atlânticoline, que cumprirá apenas serviços mínimos até 31 de Março. As negociações arrastam-se desde Dezembro de 2021, sem fim à vista.

Navio da Atlânticoline, empresa pública que faz o transporte marítimo entre as ilhas do arquipélago dos Açores 
Navio da Atlânticoline, empresa pública que faz o transporte marítimo entre as ilhas do arquipélago dos Açores Créditos / RTP

«Muito ruído tem inundado o espaço público da Região dos Açores» sobre as muitas lutas dos trabalhadores da Atlânticoline. O Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca (SIMAMEVIP/CGTP-IN) só lamenta que «os intervenientes, alguns com altas responsabilidades na administração regional», raramente se refiram aos motivos que levam dezenas de trabalhadores a cumprir, com grande prejuízo pessoal, tantos dias de greve.

Uma das vozes que ignora as razões que levam a uma falta de entendimento entre os trabalhadores e a administração é a de Paulo Silveira, deputado jorgense do PSD Açores, que em declarações à Rádio Lumena diz que os trabalhadores «têm o direito a defender os seus interesses», embora essa postura «esteja já a ultrapassar os limites quando o Governo tem respondido às reivindicações do sindicato».

Quais são então as razãos dos trabalhadores que, por exercerem os seus direitos laborais, ultrapassam estes supostos «limites»? Simples: «a administração da Atlânticoline não quer cumprir a lei e apresenta propostas inaceitáveis e feridas de legalidade, para contornar a falta de trabalhadores e embarcações», recorrendo, «e abusando» do trabalho extraordinário.

Esta realidade foi comprovada pela Inspecção Regional de Trabalho, que confirmou as denúncias dos sindicatos, «os limites contemplados no Código de Trabalho foram ultrapassados», assim como foi identificado o «desrespeito dos tempos de descanso entre turnos».

«No que diz respeito à revisão da tabela salarial, os trabalhadores estão dispostos a abdicar dos retroactivos a Abril de 2021», com a contrapartida de que sempre que o valor do Salario Mínimo Nacional for actualizado, «tal alteração repercutir-se á, em igual percentagem, nas diferentes categorias da tabela
salarial».

Preparados para mais um período de greve, desta vez, ininterruptamente, até ao dia 31 de Março, cumprindo sempre serviços mínimos, os trabalhadores e o seu sindicato, o SIMAMEVIP, apelam para que os novos membros da administração da empresa «não façam tábua rasa das reivindicações dos trabalhadores, e acabem com este impasse». «Cumpram a Lei, cumpra-se o Código de Trabalho», reclamam.

A Atlânticoline foi constituída em 2005, por decisão do Governo Regional dos Açores, com capitais exclusivamente públicos. A empresa garante, todos os anos, o transporte marítimo de quase 600 mil passageiros e mais de 30 mil viaturas em todo o arquipélago dos Açores.

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