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|incumprimento patronal

ITX anuncia aumentos que não se aplicam à maioria dos trabalhadores

A dona da Zara teve lucros de 5,4 mil milhões de euros em 2023 mas só vai aplicar aumentos de 60 euros aos horários de 40 horas, quando «a esmagadora maioria dos trabalhadores são part-time de 35 horas», denuncia o CESP/CGTP.

Acção de denúncia realizada à porta da loja da Zara em Santa Catarina, no Porto
Acção de denúncia realizada à porta da loja da Zara em Santa Catarina, no PortoCréditos / CESP

Os aumentos salariais dos trabalhadores da ITX em Portugal, multinacional que gere marcas como a Zara, Massimo Dutti ou Bershka, vão ficar-se pelos 60 euros em 2024, exactamente o mesmo aumento que foi aplicado ao Salário Mínimo Nacional. Não fica por aqui: esta medida, definida pela empresa que em 2023 acumulou mais de 5,4 mil milhões de euros em lucros, apenas se aplica aos atrabalhadores com horário de 40 horas semanais, uma realidade muito pequena nestes grupos.

«A esmagadora maioria dos trabalhadores são part-time de 35 horas semanais», de acordo com a própria empresa, afirma o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN). A realidade do aumento salarial é, na verdade, muito diferente, e longe, dos anunciados 60 euros: «a maior parte de nós terá um aumento inferior a este valor já insuficiente».

A ITX anunciou ainda que todas as marcas do grupo vão igualar os valores do challenge, um objectivo de produtividade por loja que garante prémios monetários aos trabalhadores. Este anúncio surge numa «altura em que são exigidos valores exorbitantes para atingir o challenge, que quase nenhuma loja consegue atingir. «Mais vale dizer que não querem pagar esse prémio a ninguém!», diz o sindicato.

«Só unidos teremos a força necessária para obrigar o Grupo Inditex a valorizar-nos» e a assumir os compromissos assumidos em contratos colectivos do sector do retalho que assinou com as estruturas representativas dos sindicatos: a efectivação do descanso compensatório no distrito do Porto; pagar os feriados de acordo com o contrato colectivo em Lisboa; pagar o trabalho ao Domingo de acordo com o contrato colectivo de Setúbal, entre outros incumprimentos.

«Juntos vamos reforçar a luta pelo aumento geral dos salário e pela valorização das carreiras profissionais», defendem os trabalhadores. A ITX tem mais do que condições para pagar um aumento de pelo menos 150 euros a cada um dos seus trabalhadores.

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