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Greve no Minipreço denuncia «os mais baixos salários do sector»

Os trabalhadores dos armazéns da DIA/Minipreço iniciaram hoje o segundo de três dias de greve, pela valorização do trabalho, por aumentos salariais e pelo cumprimento dos direitos laborais.

Créditos / CESP

Segundo dados divulgados pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP/CGTP-IN), a adesão à greve é «significativa e expressiva da indignação e determinação destes trabalhadores».

O piquete de greve no armazém de Torres Novas deu início às 5h30 desta quinta-feira, e contou com mais de 70% de adesão, sendo que em Vialonga esta foi superior a 80%.

Neste armazém, o CESP denunciou à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) a substituição ilegal de grevistas, nomeadamente, por trabalhadores de empresas de trabalho temporário e das lojas, nenhum deles trabalhador do referido armazém à data da emissão do pré-aviso de greve.

Hoje, aos trabalhadores dos armazéns juntaram-se os das lojas e, em conjunto, promoveram uma concentração nacional frente ao armazém de Vialonga, com a vinda de funcionários de todo o País.

Perante uma subida nas vendas de 7,6% em 2020, estes esperavam que a empresa avançasse com o aumento dos salários, que permitisse uma «vida digna a todos os que diariamente estão nas lojas, armazéns e escritórios a produzir lucros para esta multinacional», afirma o sindicato em nota.

No entanto, a DIA Portugal mantém-se «intransigente e insiste em políticas de baixos salários», refere a organização sindical, apontando para uma generalidade de salários entre os 665 e os 700 euros, muitos deles pagos a funcionários com mais de dez anos na empresa.

«Os trabalhadores não aceitam mais este cenário em que empobrecem a trabalhar, na empresa que pratica os salários mais baixos do sector, e estão disponíveis para a luta», pode ler-se na nota.

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