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Greve na APAPOL contra trabalho ilegal ao domingo

Os trabalhadores da APAPOL – Aliança Panificadora de Algés, Paço de Arcos e Oeiras continuam a luta com mais uma greve, dia 21 de Junho, pelo cumprimento da contratação colectiva 

Trabalhadores da APAPOL na manifestação nacional de jovens trabalhadores, organizada pela Interjovem/CGTP-IN, a 28 de Março 2019
Créditos / SINTAB

O pré-aviso de greve para dia 21 de Junho foi entregue pelo Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB/CGTP-IN), que se soma à greve a todos os sábados que os trabalhadores têm feito desde Outubro de 2017, e a 24 e 31 de Dezembro.

No pré-aviso estão elencadas algumas das reivindicações: os trabalhadores exigem o cumprimento integral das disposições da contratação colectiva, recusam a redução do valor das horas suplementares e o trabalho gratuito nos feriados.

O SINTAB afirma ainda que a empresa insiste em desrespeitar os trabalhadores e em não querer ouvir as suas reivindicações. O desrespeito pelas categorias profissionais; o trabalho ilegal ao domingo, «visto que a empresa não tem licença para a actividade de produção neste dia»; a falta de condições de segurança e higiene; a completa inacção e desresponsabilização da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) são alguns dos problemas que continuam por resolver.

«Uma das nefastas características da administração da APAPOL é a de não respeitar minimamente as categorias profissionais dos trabalhadores e as consequentes progressões na carreira», afirma o sindicato, que acrescenta que há trabalhadores com mais de dez e 20 anos de casa ainda a ganhar o salário mínimo nacional.

No passado dia 21 de Maio, uma delegação de representantes dos trabalhadores da APAPOL foi recebida pelo grupo parlamentar do PCP na Assembleia da República.

Em nota de imprensa, a delegação sindical sublinha que denunciaram os vários problemas com que os trabalhadores são confrontados, nomeadamente a total inacção da ACT, tendo obtido dos deputados comunistas o compromisso de continuar a utilizar os meios ao seu dispor na Assembleia para denunciar o caso.

No dia 29 de Maio, o grupo parlamentar do PCP questionou o Governo sobre as acções inspectivas realizadas pela ACT e quais as medidas que o Executivo pretende tomar para garantir o cumprimento da Lei.

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