Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

|Professores

Fenprof: Governo contabiliza a falta de professores quando «não há aulas»

Com base nos horários que as escolas lançam na plataforma da Direcção-Geral da Administração Escolar, a Fenprof estima que cerca de 40 mil alunos não tenham ainda todos os professores. Ainda assim, Governo PS insiste que são apenas 1161.

Centenas de professores e educadores participaram hoje, 3 de Outubro de 2023, num protesto convocado por nove organizações sindicais de docentes, com destaque para a Fenprof, em frente à residência oficial do Primeiro-Ministro, em Lisboa. Os manifestantes aprovaram uma moção a entregar ao Governo. 
Centenas de professores e educadores participaram hoje, 3 de Outubro de 2023, num protesto convocado por nove organizações sindicais de docentes, com destaque para a Fenprof, em frente à residência oficial do Primeiro-Ministro, em Lisboa. Os manifestantes aprovaram uma moção a entregar ao Governo. CréditosAndré Kosters / Agência Lusa

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof/CGTP-IN) denunciou ontem, em conferência de imprensa, que cerca de 40 mil alunos recomeçariam o segundo período lectivo sem ter, pelo menos, um professor a cada uma das disciplinas. O Ministério da Educação (ME) não tardou em responder à maior estrutura representativa dos professores, respondeu", afirmando que seriam apenas 1161 os alunos que não tinham os professores todos.

Em comunicado enviado ao AbrilAbril, a Fenprof esclarece que se referiu a Janeiro (e não à última semana de Dezembro, como fez o ME) «porque não se dedica a contabilizar o número de professores em falta nos períodos em que as escolas estão sem aulas». O número de horários lançados na semana que terminou em 29 de dezembro (submetidos, apenas, nos dias 27, 28 e 29) foi de apenas 139, o que dificilmente representa a realidade do país.

Tendo em conta que a publicação destes horários tem por objectivo a contratação dos profissionais em falta, na semana que antecedeu a interrupção lectiva, «as escolas deixaram de lançar horários na plataforma, pois não faria sentido contratar docentes para um tempo em que as escolas estariam sem aulas e foram essas as determinações» da própria tutela: o Ministério da Educação.

Com base nos dados partilhados pelas escolas de todo o país, e que a Fenprof acompanha «semanalmente», antes da interrupção lectiva, o número de horários apontava para um mínimo de 32 mil alunos sem pelo menos um professor. A esta situação acrescem as aposentações de 805 docentes só nos meses de Dezembro e Janeiro.

«Os números não são os divulgados pelo Ministério da Educação», reitera a federação dos professores, «ainda que os seus responsáveis considerem que faltar um professor entre três semanas e um mês não se pode considerar falta de professor... ou prefiram contabilizar a falta de professores nos períodos em que não há aulas». Para a Fenprof, a resolução deste problema «não passa por medidas que o disfarcem, mas pela valorização da profissão».

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui