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Administração ignora reivindicações dos trabalhadores

Cinco dias em greve nas minas de Neves-Corvo

Os mineiros de Neves-Corvo, em Castro Verde, vão avançar para a greve de 3 a 7 de Outubro. A «humanização dos horários de trabalho», a reforma antecipada e o descongelamento das carreiras estão entre as principais reivindicações.

Mineiros da Somincor num túnel da mina de Neves Corvo
Mineiros da Somincor num túnel da mina de Neves CorvoCréditosNuno Veiga / Agência LUSA

Os trabalhadores da Somincor decidiram, em plenário realizado em Aljustrel no passado domingo, avançar para uma greve de quatro dias, no período compreendido entre as 6h do dia 3 e as 6h do 7 de Outubro, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM/CGTP-IN). Já no início do mês, os mineiros tinham admitido o recurso à greve em plenário, caso a administração não respondesse às suas reivindicações até à reunião agendada para o passado dia 13 – o que sucedeu.

A «humanização dos horários de trabalho» é uma das principais reivindicações dos trabalhadores. Actualmente, cumprem apenas um dia de descanso por cada cinco dias de trabalho, gozando três dias de descanso ao fim de 17 dias, em regime de laboração contínua. A proposta da administração aponta para um horário de 10h42 diários no fundo da mina, «onde os trabalhadores estão sujeitos a uma actividade extremamente penosa, sendo que, alguns trabalham a mais de mil metros de profundidade e em condições de ainda maior penosidade».

De acordo com a resolução aprovado no plenário, os trabalhadores das lavarias, apesar de também lhes ser aplicado um regime de laboração contínua e com «elevada penosidade», têm menos direitos que os trabalhadores do fundo da mina. A proposta avançada pelo STIM é que estes tenham direito a um regime de reforma antecipada, através de um protocolo entre a adminstração da empresa e a Segurança Social.

Segundo o STIM, no plenário foram ainda discutidos o congelamento das carreiras e as «alterações unilaterais na política de prémios». Os trabalhadores da Somincor, «de uma maneira geral, recebem hoje menos do que recebiam há dez anos», em virtude dessas medidas, acusam.

Outra das razões que levam os mineiros a partir para a greve de cinco dias é a «pressão e repressão» patronal que, acusam, «tem vindo a agravar-se» na empresa. Caso a administração não dê resposta às suas exigências, prometem avançar para novos períodos de greve de cinco dias nos meses de Novembro e Dezembro.

Minas rendem 130 milhões a grupo sueco

As minas de Neves-Corvo, onde são explorados minérios de cobre e de zinco, é operada pela Somincor, uma empresa do grupo canadiano Lundin Mining. A operação em Castro Verde rendeu 156 milhões de dólares (130 milhões de euros) em vendas à Lundin Mining no primeiro semestre deste ano, uma subida de 15 milhões de dólares (12,5 milhões de euros) face a 2016.

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