A concentração realizada hoje, dia de greve na Associação Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), juntou dezenas de trabalhadores na reivindicação pelo pagamento dos subsídios de férias e de natal. Desde Julho que a associação tem vindo, sucessivamente, a apresentar novos prazos para o pagamento das dívidas aos trabalhadores.
«Em Agosto, era em Setembro, em Setembro era Outubro, em Outubro era Novembro, em Novembro era Dezembro», refere Sérgio Fachada, dirigente do Sindicato de Hotelaria do Centro (SHC/CGTP-IN) e funcionário da APCC, em declarações ao Notícias de Coimbra. A instituição tem cerca de 400 trabalhadores, a quem se furtou a pagar os valores devidos.
«São muitos agregados familiares com mais de um trabalhador na instituição». Tendo em conta os baixos salários praticados, os subsídios são indispensáveis para «colmatar várias despesas ao longo do ano»: «há trabalhadores a passar sérias dificuldades».
Esta greve «é mesmo o último recurso dos trabalhadores». Os funcionários em greve «estão a perder um dia de salário, os nossos utentes tiveram de ficar em casa (e a nossa preocupação também é com eles) mas, efectivamente, mas tivemos de mostrar o nossos descontentamente e mostrar que queremos ver o problema resolvido».
O presidente da direcção da APCC afirmou hoje, no rescaldo da acção de luta dos trabalhadores, que a associação tinha já contraído um empréstimo para proceder ao pagamento dos subsídios de férias no início da próxima semana, seguindo-se o pagamento dos subsídios de natal.
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