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Marcha Nacional Lula Livre leva protesto dos trabalhadores até Brasília

Convocada pelo MST, a mobilização tem como principais bandeiras a luta pela democracia, pela Reforma Agrária e pela liberdade de Lula, e visa denunciar os ataques aos direitos dos trabalhadores.

Vigília Lula Livre em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba (Paraná), em Julho de 2018.
CréditosRicardo Stuckert / fotospublicas.com

Apresentada no fim da semana passada no Armazém do Campo, loja agroecológica que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem no centro de São Paulo, a Marcha Nacional Lula Livre conta com o apoio de organizações que integram a Frente Brasil Popular.

De acordo com a informação divulgada pelos organizadores, a marcha tem início na próxima sexta-feira, dia 10, e termina na capital federal, Brasília, no dia 15 – último dia para o registo das candidaturas que vão disputar as eleições presidenciais em Outubro deste ano.

Os sem-terra vão percorrer 50 quilómetros, organizados em três colunas, que partem das cidades de Formosa, Luziânia (estado de Goiás) e de Engenho das Lages (Distrito Federal). O MST diz esperar mais de 5000 participantes na iniciativa.

Grande mobilização, com «significado ímpar»

Na apresentação, Márcio Santos, membro da coordenação nacional do MST, sublinhou o «significado ímpar» da mobilização, no sentido de contribuir para alterar a actual «conjuntura de golpe no país». «Defender a democracia significa também defender a liberdade de Lula e o direito dele a ser candidato. Portanto, é uma marcha que vai entrar para a história do Brasil», declarou.

Márcio Santos destacou ainda o elevado nível de mobilização existente entre os sem-terra: «A nossa base está de prontidão para marchar até Brasília. […] Todas as regiões do Brasil estão a mandar gente para Brasília», disse à reportagem do MST.

Neste momento, o povo percebe que, para além da reivindicação da Reforma Agrária, «está em jogo um projecto popular para o país», frisou.

Manuela D'Ávila será sempre vice, de Lula ou Haddad

Depois de anunciada, no domingo passado, a coligação entre ambos os partidos, PT e PCdoB deram uma conferência de imprensa, esta terça-feira, na sede dos comunistas em São Paulo, para explicar como funciona o acordo entre ambos, tendo em conta que Lula da Silva está preso há quatro meses, se encontra proibido de exercer os seus direitos políticos e a Justiça o pode impedir ser candidato às presidenciais brasileiras.


Assim, nos termos do acordo entre ambos os partidos, Manuela D'Ávila (PCdoB) assumirá o posto de vice, independentemente de quem for o petista a liderar a candidatura à Presidência no dia 7 de Outubro: Lula da Silva ou Fernando Haddad, que foi designado como vice na candidatura de Lula até que a situação jurídica deste último seja definida, revela o Brasil de Fato.

Isso mesmo foi explicado pela deputada gaúcha Manuela D'Ávila: «Este é um acordo em que nós, do PCdoB, ocuparemos a vaga de vice em qualquer dos cenários», precisando que «em breve será candidata a vice de Lula ou de Haddad», mas que, por enquanto, a candidatura é constituída pela dupla Lula e Haddad. E continuará a sê-lo até que a questão jurídica do ex-presidente esteja resolvida.

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