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Trabalhadores argentinos nas ruas contra as políticas de Macri

Em Buenos Aires, o 1.º de Maio ficou marcado por várias mobilizações. Subjacente a todas estiveram a denúncia das políticas socioeconómicas de Macri e a exigência de melhores condições de vida.

Milhares de trabalhadores exigiram melhores condições de vida e o fim das políticas de ajuste do governo de Macri
Créditos / Resumen Latinoamericano

No Dia do Trabalhador, realizam-se pelo menos cinco mobilizações diversas na capital da Argentina, convocadas por diferentes organizações sindicais e sociais. A maior, em que terão participado cerca de 150 mil trabalhadores, foi promovida pela Corrente Classista e Combativa (CCC), a Bairros de Pé e a Confederação dos Trabalhadores da Economia Popular (CTEP).

No acto final, que decorreu junto ao Monumento aos Trabalhadores, representantes destas organizações vincaram a importância da unidade, «para fazer frente ao que aí vem», e sublinharam que o 1.º Maio é «um dia de luta para denunciar a política de Macri, que cada vez mais desemprego e mais fome gera, por mais que nos tentem fazer crer que estamos no caminho da felicidade», indica o Resumen Latinoamericano.

Por seu lado, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) promoveu um acto que contou com a presença da ex-presidente brasileira Dilma Rousseff – que apresentou o livro Lula: a Verdade Vencerá. Para além de expressarem apoio a Lula da Silva, actualmente preso, os dirigentes sindicais repudiaram a reforma laboral promovida pelo governo de Macri e deixaram clara a necessidade de pôr um travão às políticas de ajuste na Argentina.

Outra mobilização, amplamente participada, teve lugar na Praça de Maio, convocada pela Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT), em que se valorizou a resposta que os trabalhadores argentinos deram aos desmandos variados do governo de Macri e se apelou à continuidade da «grande campanha nacional contra os tarifazos e pela nacionalização do sistema energético e dos transportes públicos».

A reivindicação da legalização da interrupção voluntária da gravidez, do direito a um «aborto legal, seguro e gratuito», foi outra das questões abordadas, segundo refere o Resumen Latinoamericano. Pelo direito das mulheres «a não morrer na clandestinidade», uma representante do FIT disse que têm de ser as ruas a fazer força para que haja um debate no Parlamento.

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