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Fenprof denuncia catalogação de escolas em «boas» e «más»

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) critica o «ritual» de avaliar as escolas portuguesas a partir dos resultados dos seus alunos em exames. «Esta não é a forma de avaliar», frisa em comunicado.

A Fenprof denuncia a «forma abusiva» como as escolas são catalogadas
CréditosNuno Veiga / Agência Lusa

Num comunicado, a Fenprof salienta que a «tentativa de credibilização do processo que envolve a divulgação pública de rankings de escolas a partir desses resultados tem levado a que os vários órgãos de comunicação social, que entram neste jogo, procurem contextualizar melhor as escolas em exposição e até procurar sentidos de progressão desses resultados, ano após ano».

A Federação insiste que se trata de métodos «que não concedem virtude ao que não a tem: esta não é a forma de avaliar escolas, de traduzir o seu rendimento efectivo, de atestar o modo como preparam os seus alunos para a vida», recordando que os resultados dos exames «são apenas um de muitos indicadores que expressam a complexa realidade em que vivem as escolas portuguesas».

A Fenprof demarca-se «mais uma vez» desta divulgação, repudiando a «forma abusiva» como as escolas são catalogadas de «boas» e «más», «melhores» e «piores», em função do lugar relativo que ocupam no ranking.

«À surpresa dos primeiros anos destas práticas, sucede a rotina da sua continuidade, a inutilidade da exibição, tão preconceituosa como falsa, das vantagens do ensino privado sobre o público, mas também a determinação acrescida daqueles que combatem soluções neoliberais para a Educação e apostam na defesa da Escola Pública como garante da democratização da educação que o futuro do nosso país exige», lê-se no texto.

Professores admitem greve de 12 a 16 de Março

A posição foi aprovada no plenário nacional de professores e das escolas realizado na sexta-feira, em Lisboa, que contou com mais de mil docentes a nível nacional.

No encontro, os professores aprovaram também uma resolução onde ameaçam com uma greve na semana de 12 a 16 de Março se o Governo não apresentar soluções às suas reivindicações. No documento, entregue posteriormente no Ministério da Educação, prevê-se que a paralisação, a realizar-se, será no país todo.

Em causa, está, segundo Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, a falta de apresentação de propostas, por parte do Governo, em relação a matérias como reposicionamento de carreiras, recuperação do tempo de serviço congelado, horários de trabalho e aposentação.

A proposta de convocação da greve, será apresentada pela Fenprof às outras organizações sindicais de professores numa reunião a 9 de Fevereiro.

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