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Trabalhadores da Amazon na Biscaia continuam em luta

Segundo refere o sindicato LAB, com o novo ciclo de paralisações no centro logístico biscainho da Amazon os trabalhadores denunciam a atitude de «fechamento absoluto» da multinacional.

Trabalhadores da Amazon em greve no centro logístico de Trapagaran (Biscaia), a 14 de Abril de 2024
Créditos / @LEzkerraldea

Num contexto em que a Amazon «ignora cada uma das propostas» com vista à melhoria das condições de trabalho, «continuamos em luta, fazendo greve e saindo à rua», afirma o LAB no seu portal.

No domingo passado, os trabalhadores iniciaram um ciclo de paralisações parciais que se prolonga até dia 20. Na segunda-feira de manhã, os trabalhadores em greve manifestaram-se pelas ruas do centro de Bilbau para denunciar a falta de negociação e expressar a defesa dos «direitos que a Amazon espreme».

Este novo período de greve, que abrange todos os trabalhadores entre as 6h e as 9h30, segue-se às greves realizadas na Amazon biscainha no fim de Fevereiro e início de Março, no início de Janeiro e em meados de Dezembro último.

Ao todo, refere a fonte sindical, desde Dezembro os trabalhadores participaram em 11 jornadas de greve e paralisações parciais, devido àquilo que classifica como «intransigência» da empresa e falta de resposta às exigências dos trabalhadores.

Os trabalhadores em luta na Amazon biscainha manifestaram-se em Bilbau, na segunda-feira / LAB

Além de denunciar reiteradamente a falta de vontade de negociação da multinacional, a organização representativa dos trabalhadores tem também alertado, em diversas ocasiões, para as ameaças e chantagens a que os trabalhadores são sujeitos, sublinhando, no entanto, que o pessoal do centro logístico se mantém unido.

Desde Dezembro, a luta dos trabalhadores do armazém biscainho é, no fundamental, contra a precariedade, pela negociação e pela segurança no trabalho. Em causa estão aumentos salariais, o pagamento extra do trabalho efectuado aos sábados, domingos e feriados, e questões diversas como férias, antiguidade, vinculação ou pagamento das despesas com transportes.

Na sua conta de Twitter (X), a secção do LAB de Ezkerraldea (Margem Esquerda) continua a dar ampla cobertura à luta destes trabalhadores. Num período de greve anterior, afirmou que, «em Euskal Herria, conhecemos de sobra o modelo da Amazon, enriquecer à custa da exploração e da precariedade». «Por isso, para nós é claro: a organização e a luta são o único caminho», sublinhou.

Em Março, a estrutura sindical já tinha avisado que, ao ver a «atitude imobilista» da Amazon, aquela não devia ser a última jornada de luta pela melhoria das condições de trabalho num centro logístico responsável pela distribuição da multinacional no País Basco e no Norte do Estado espanhol.

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