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Trabalhadores das limpezas dos Correos na Galiza lutam contra salários em atraso

Estão em greve desde dia 4, exigindo o pagamento dos salários devidos e a rescisão do contrato com a actual concessionária. Depois das manifestações em Lugo e Pontevedra, segue-se outra em Ourense.

Protesto dos trabalhadores da limpeza dos Correos em Pontevedra, a 27 de Setembro de 2023 
Créditos / CIG

Há meses que os funcionários da limpeza dos Correos na Galiza denunciam atrasos no pagamento dos salários, por parte da concessionária JCórdoba, e se mobilizam contra o facto de «uma empresa pirata assumir os contratos públicos» – situação pela qual responsabilizam a administração dos Correos, por ter adjudicado o serviço abaixo do seu valor real.

As consequências, afirma a Confederação Intersindical Galega (CIG) no seu portal, estão a pagá-las os trabalhadores, «há três meses sem receber salários». Por isso, no dia 4 de Setembro, entraram em greve por tempo indeterminado, exigindo o pagamento do que lhes é devido e a rescisão do contrato com a actual concessionária.

Manifestação em Pontevedra / CIG

Também estabeleceram uma agenda de mobilizações, no âmbito da qual se manifestaram no passado dia 20 em Lugo e, esta quarta-feira, em Pontevedra. Para dia 4 de Outubro, está agendada nova manifestação, em Ourense.

A CIG denuncia que, embora a greve tenha uma adesão maioritária e as suas consequências sejam óbvias nos escritórios e unidades dos Correos em toda a Galiza, a empresa postal continua a recusar-se a receber uma delegação sindical e a transmitir qualquer tipo de informação concreta.

Quando da mobilização em Lugo, no dia 20, havia rumores de que a empresa havia iniciado um processo de rescisão de contrato. No entanto, Xavier Torea, da CIG-Serviços, alertou então que não era a primeira vez que recebiam «a notícia de que iam tratar do problema e depois os Correos não faziam nada». »Não nos fiamos», disse.

Mobilização em Lugo, a 20 de Setembro de 2023, contra os salários em atraso nos serviços de limpeza dos Correos / CIG

Esta quarta-feira, os representantes dos trabalhadores souberam que o conselho de administração dos Correos realizou uma reunião, parecendo que vai proceder à rescisão do contrato com a concessionária. Mas sem que nada esteja confirmado, e sem se saber se os salários em atraso serão pagos.

Neste sentido, os sindicatos advertem que, se a empresa postal quiser continuar a licitar o contrato abaixo do custo real do serviço, «nenhuma empresa solvente apresentará uma proposta, tendo em conta, também, a dívida salarial agora gerada pela JCórdoba».

Assim, os trabalhadores decidiram manter a greve e o calendário de mobilizações, para exigir o pagamento dos seus salários e o respeito pelos seus direitos.

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