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Benfica recusa EMEL

Cerca de 80% dos 9476 eleitores que este domingo votaram em referendo em Benfica recusaram o alargamento do estacionamento pago nesta freguesia lisboeta. CDU diz que resultado pede nova política de mobilidade. 

CréditosJosé Sena Goulão / Agência Lusa

«Concorda que a Junta de Freguesia de Benfica emita um parecer favorável à colocação de parquímetros nas zonas de estacionamento de duração limitada de Benfica?» foi a questão colocada aos moradores de Benfica no referendo, que decorreu até às 19h em escolas da freguesia, e no qual podiam votar os 32 mil eleitores ali recenseados.

Para a CDU, os resultados deste domingo revelam que moradores, trabalhadores e comerciantes de Benfica desejam outra política de mobilidade e estacionamento, e que essa alternativa «é possível». 

A «criação de novos lugares de estacionamento em superfície, altura e profundidade, a par da construção de parques dissuasores na entrada da cidade com ligação a transportes públicos», são, juntamente com a «aposta numa rede de transportes públicos de qualidade, tendencialmente gratuitos, e com horários regulares», a solução «justa» do problema de estacionamento, tanto na freguesia de Benfica, como na cidade de Lisboa, refere a coligação PCP-PEV num comunicado.

A Junta de Freguesia de Benfica, que agora lançou o referendo ao estacionamento pago, foi quem, em Fevereiro de 2018, lhe abriu portas, através da emissão de um parecer favorável para a criação de nove zonas de estacionamento de duração limitada (ZEDL), abrangendo a totalidade da freguesia. Um ano mais tarde (Maio), a proposta foi validada pela Câmara Municipal de Lisboa, em reunião extraordinária, com os votos do PS e a abstenção do BE. 

Numa das freguesias da capital com mais comércio local, os comerciantes surgem entre as vozes críticas deste processo. Também os residentes idosos temem perder mobilidade com o alargamento do estacionamento tarifado, que, dizem, não irá assegurar mais parqueamento no bairro.  

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