|Bósnia-Herzegovina

Antifascistas assinalam 77.º aniversário da libertação de Mostar

Em Fevereiro de 1945, os partisans jugoslavos libertaram a cidade de Mostar dos nazis e dos seus colaboradores. As celebrações ficaram marcadas pela determinação de combater o fascismo hoje.

Participantes nas celebrações do 77.º aniversário da libertação de Mostar pelos partisans  
Créditos / Peoples Dispatch

Grupos antifascistas na Bósnia-Herzegovina e de outras repúblicas da ex-Jugoslávia assinalaram o 77.º aniversário da vitória dos partisans na libertação da cidade de Mostar dos nazis e dos seus colaboradores, durante a Segunda Guerra Mundial.

Por iniciativa da Associação de Antifascistas e Combatentes da Guerra de Libertação Popular, a partir de dia 12 foram organizados na cidade vários eventos para celebrar a vitória na Operação Mostar, que decorreu entre 6 e 15 de Fevereiro de 1945.

Milhares pessoas, provenientes de vários países dos Balcãs, afluíram à cidade para participar nas celebrações, segundo refere o Peoples Dispatch.

A abertura de uma exposição de fotografia, na sala do Teatro Nacional de Mostar, marcou o início das comemorações, que terminaram com uma visita ao Cemitério Memorial dos Partisans – inaugurado pelo líder jugoslavo Josip Broz Tito em 1965.

O memorial, construído no início dos anos 60, foi erigido em honra dos partisans – a resistência liderada pelo Partido Comunista da Jugoslávia – que perderam a vida na libertação de Mostar do domínio dos nazis alemães e dos ustaše (fascistas croatas).

Para homenagear os que caíram em combate contra o nazi-fascismo, grupos antifascistas, comunistas e socialistas, além de veteranos de guerra e residentes de Mostar colocaram coroas de flores no memorial, refere a fonte.

«Estamos aqui não apenas por 1945, mas também pelo futuro»

No âmbito das comemorações, o presidente da Associação de Antifascistas e Combatentes, Sead Djulić, afirmou: «Se estamos livres do fascismo hoje, é uma grande questão. O neofascismo prospera à nossa volta. Estamos aqui para inspirar a coragem e a determinação dos jovens que aqui se encontram.»

Djulić lembrou que já não estão a combater as batalhas dos partisans, mas «batalhas antifascistas num novo tempo».

«Se ficarmos no passado, nas comemorações e recordações, é melhor não estarmos aqui. Estamos aqui não apenas por 1945, mas também pelo futuro», sublinhou.

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