|anti-imperialismo

«Não à NATO, bases fora»: mobilização anti-imperialista na Catalunha

No «Manifest unitari contra l’OTAN i les ingerències dels EUA», os promotores da iniciativa denunciam a manipulação mediática em curso e alertam para a ameaça à paz dos povos do continente.

Parte da imagem do cartaz de divulgação da concentração agendada para Barcelona no próximo dia 27 
Créditos / @AnibalGarzon

Com o lema «No a la guerra imperialista. OTAN No, bases fora!», realiza-se no próximo dia 27, às 12h30, uma concentração na Plaça Universitat, em Barcelona, contra a escalada belicista da NATO e dos EUA.

Num manifesto unitário divulgado na passada quinta-feira, a plataforma No a la OTAN Barcelona denuncia o governo espanhol pela sua participação nos exercícios militares da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), «com o envio de soldados, navios de guerra e aviões», e criticam-no pela sua «política externa servil e entregue aos interesses do imperialismo».

Neste sentido, exigem ao executivo de PSOE e Unidas Podemos que «retire os efectivos militares da região e que acabe com a participação nesta escalada bélica».

Da mesma forma, reclamam a saída de Espanha da NATO e o encerramento das suas bases no território, nomeadamente a de Rota (Cádis) e a de Morón (Sevilha).

Ameaça à paz dos povos do continente

A fundamentar a mobilização e as exigências contidas no manifesto, os promotores da iniciativa sublinham que a recente «escalada bélica da NATO e dos EUA na Europa de Leste representa uma nova ameaça à paz dos povos do continente».

«O imperialismo encabeçado pelos Estados Unidos da América e pelo seu braço armado, a NATO, acumulam um longo historial de agressões militares e crimes de guerra nos últimos 30 anos», afirmam, lembrando as agressões contra a Jugoslávia, Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria e Iémen.

A anteceder todas estas agressões houve uma campanha mediática, para captar uma parte da opinião pública ocidental, envolvendo a «manipulação informativa». Agora, o pretexto de intervenção de NATO e EUA é uma suposta «invasão iminente» da Ucrânia por parte da Rússia, frisam.

Lembram ainda que, desde o fim da guerra fria, a NATO tem avançado de forma permanente em direcção às fronteiras da Rússia, tendo integrado 14 ex-repúblicas soviéticas. Um facto que, como a Federação Russa tem denunciado reiteradamente, viola o acordo da Acta Fundacional Rússia-NATO, de 1997.

Tudo isto responde também, no entender dos promotores da concentração em Barcelona, à estratégia dos EUA para dominar a região do Mar Negro, se impor aos países não alinhados com os seus interesses e procurar romper a ligação entre a Rússia e a União Europeia, para evitar o seu desenvolvimento no continente.

Rejeição da NATO noutros pontos do Estado

Entretanto, a plataforma OTAN No Madrid, através da sua conta de Twitter, deu conta da realização de várias assembleias, nos próximos dias, contra a celebração da cimeira da NATO em Madrid, prevista para o final de Junho deste ano.

Na Galiza, nasceu a Plataforma Galega contra a OTAN – contra o imperialismo, pola soberania dos pobos, cujo manifesto pode ser lido no portal galizacontraaotan.gal.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui