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Problemas nacionais (mas não só) em cena na campanha eleitoral

Numa campanha condicionada pela pandemia, há candidatos a falar dos problemas vividos pelas populações como a precariedade ou a Saúde e outros que preferem recorrer a velhas tácticas populistas.

Créditos / www.viagensemiudos.pt

Com o desafio de fazer campanha eleitoral em pleno contexto pandémico, e após ter sido decretado novo confinamento geral e obrigatório, algumas candidaturas continuam a chamar a atenção para os problemas nacionais.

É o caso do candidato João Ferreira que, nos últimos dias, com uma agenda bastante preenchida, imprime a necessidade de defender a Constituição para combater a precariedade e salvaguardar as funções sociais do Estado. Para isso tem privilegiado o encontro com trabalhadores, quer da área da Saúde, para relembrar as dificuldades vividas no Serviço Nacional de Saúde, quer com trabalhadores dos CTT, para renovar a exigência de um serviço postal público e de qualidade.

O candidato também esteve com trabalhadores de empresas como a Mabor ou os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, para dar centralidade ao combate à precariedade e ao controlo público de sectores da produção nacional.


Marisa Matias esteve em Lisboa para falar do direito à habitação que, segundo a candidata, está ainda por cumprir, sendo necessário combater a especulação imobiliária. Não obstante, há não muito tempo o BE aprovou dois milhões em benefícios fiscais para prédios de luxo na capital. A candidata procurou também abordar a importância do combate à pobreza e às desigualdades, que se exarcebam com as medidas restritivas em curso.

Por seu turno, Ana Gomes, trouxe ao debate a defesa da regionalização, cuja concretização tem tido como opositor o seu partido, o PS. Marcelo Rebelo de Sousa, um dos protagonistas da revisão constitucional que submeteu a regionalização ao referendo, optou por aparecer em campanha eleitoral, com a visita de um centro de ajuda social.

Tiago Mayan, que se apresenta como o percurssor da ideia de «menos Estado», veio colocar em cima da mesa a necessidade de o Governo garantir mais apoios do que aqueles que foram anunciados para responder ao novo confinamento e encerramento de actividades.

Da campanha de André Ventura retira-se o prosseguimento de uma estratégia que não é nova – aliás é utilizada em diversas campanhas populistas e reaccionárias um pouco por todo o mundo – de se promover a partir de provocações, mensagens de ódio e insulto, optando por não falar das suas propostas para o País, contrárias à Lei Fundamental.

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