Pela primeira vez, dirigentes sindicais conseguiram entrar no Ikea e contactar com os trabalhadores dentro do complexo. Este é também um dos objectivos destas acções «integradas» de contactos: «alargar os horizontes» dos sindicatos e criar estruturas onde, até agora, não havia trabalhadores sindicalizados.
A escolha não foi aleatória. Trata-se de uma zona onde se encontram muitos trabalhadores representados por diferentes organizações: CESP, SIESI, SITE Sul.
Depois da acção no Centro Comercial Allegro, no mês passado, e tendo já agendada uma ida ao Centro Comercial Ubbo (ex-Dolce Vita Tejo), Nuno Almeida, da União de Sindicatos de Lisboa (USL/CGTP-IN), disse ao AbrilAbril que vê com agrado o acolhimento que tiveram por parte dos trabalhadores.
Quer na Barraqueiro, quer na Elpor ou no Ikea, os trabalhadores queixam-se da desregulação de horários, da precariedade e da falta de condições de trabalho. «Há salários que não são actualizados há mais de dez anos», afirma o dirigente, acrescentando que, com o surto epidémico de Covid-19, vieram ao de cima outros problemas relacionados com a falta de equipamentos de protecção.
Esta acção, realçou, teve sobretudo como objectivo mostrar que os sindicatos não vão ficar «confinados». «Reafirmámos que, mesmo em tempos de calamidade e emergência, os sindicatos não vão deixar de estar junto dos trabalhadores para, com eles, resolver os problemas de lutar», disse Nuno Almeida.
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