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Protestos contra as políticas de Duque mantêm-se na Colômbia

O salário mínimo, as condições do Ensino Superior, a repressão destacaram-se nas concentrações desta terça-feira, no âmbito das mobilizações que, desde 21 de Novembro, têm lugar na Colômbia.

Milhares de colombianos voltaram a manifestar-se em vários pontos do país contra as políticas de Iván Duque
Créditos / RT

Esta terça-feira, milhares de colombianos voltaram a encher as ruas e praças do país em protesto contra as políticas do governo de Iván Duque. Em Bogotá, a Central Unitária dos Trabalhadores (CUT), uma das organizações que integram a Comissão Nacional da Greve, promoveu concentrações para exigir o aumento do salário mínimo – que actualmente ronda os 240 dólares – para cerca de 290 dólares, refere a RT.

Ainda na capital colombiana, realizou-se pelo menos uma outra concentração por iniciativa da Comissão Nacional de Greve, em prol dos direitos humanos e para reafirmar a defesa dos 13 pontos que a Comissão apresentou a Duque, em que se incluem: a retirada do projecto de lei de reforma tributária; travar a reforma de pensões e a reforma laboral; a dissolução do ESMAD – Esquadrão Móvel Antidistúrbios e «limpeza» da Polícia Nacional; o cumprimento dos acordos de paz firmados com as FARC-EP, bem como dos estabelecidos com sindicatos, organizações indígenas e camponeses.

Exigência de verbas e outra política para o Ensino superior

Algumas das manifestações e concentrações que ontem tiveram lugar no país andino-amazónico centraram as suas reivindicações no âmbito da Educação e do Ensino Superior, como aconteceu em Bogotá, junto à Universidade Nacional da Colômbia, e em Barranquilla, junto à Universidade Autónoma das Caraíbas.


Neste último caso, a mobilização foi promovida pela CUT, que escolheu a Uniautónoma como exemplo do Ensino Superior colombiano, pelo abandono e pela má administração que padece, «reflexo das políticas sociais erradas implementadas pelo presidente Duque», segundo declarou o presidente da central sindical, Javier Bermúdez.

Também em declarações à TeleSur, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Autónoma das Caraíbas, Nathalie Álvarez, afirmou que «as universidades na Colômbia estão a sofrer de falta de financiamento» e que «nem as públicas nem as privadas estão a ter a atenção que merecem da parte do Estado».

Algumas das mobilizações de ontem, celebradas no Dia Internacional dos Direitos Humanos, voltaram a ser reprimidas com grande violência pelo ESMAD, nomeadamente em Bogotá.

«O Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad) continua a usar as armas com que assassinou Dilan Cruz (estudante de 18 anos, morto recentemente) com um disparo na cabeça. Agora na Universidade Nacional, estão a atirar contra os estudantes com estas esferas metálicas», escreveu na sua conta de Twitter o analista político Juan Camilo Caicedo.

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