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Venezuela apreende armamento proveniente dos EUA

As autoridades venezuelanas confiscaram no aeroporto internacional Arturo Michelena, em Valencia (estado de Carabobo), um lote de armas de guerra proveniente dos Estados Unidos.

Agentes da GNB e funcionários do Serviço Aduaneiro e Tributário participaram na operação de apreensão de material bélico proveniente dos EUA no aeroporto internacional de Valencia
Créditos / VTV

O material bélico destinava-se, supostamente, a grupos terroristas ligados a planos golpistas no país sul-americano e foi confiscado durante uma operação levada a cabo por agentes da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e funcionários do Serviço Nacional Integrado de Administração Aduaneira e Tributária (Seniat).

A informação, disponível no portal do Ministério venezuelano do Interior e da Justiça, foi divulgada à imprensa esta terça-feira pelo vice-ministro da Prevenção e Segurança Cidadã, Endes Palencia, segundo informa a VTV.

Palencia explicou que, durante o procedimento de fiscalização de mercadoria proveniente de Miami (EUA), as autoridades encontraram 19 espingardas, com acessórios, 118 carregadores, 90 antenas de rádio e seis telemóveis. Acrescentou que a mercadoria entrou no país no passado dia 3, tendo sido transportada pela companhia 21 Air Cargo, numa avião Air Bus.

«A GNB e os organismos de segurança do Estado estão a realizar as investigações pertinentes para dar com o paradeiro dos responsáveis por esta situação, que afecta a segurança e a tranquilidade dos cidadãos», disse ainda Palencia.

Recorde-se que, a 31 de Janeiro último, o ministro venezuelano do Interior, Néstor Reverol, anunciou a detenção de um grupo de indivíduos ligados à Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), que caracterizou como «terroristas» e «mercenários contratados pela oposição venezuelana», e que, tendo entrado na Venezuela a partir da Colômbia, estavam envolvidos num «plano conspirativo» que envolvia a realização de «assassinatos selectivos» e visava «promover o caos e o terror entre a população civil».

«Ajuda humanitária dos EUA é show político para intervir»

Numa entrevista que concedou à RT, o presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que a «ajuda humanitária», por parte da administração norte-americana, em resposta aos apelos feitos pela extrema-direita venezuelana, não é mais que «show político», para «justificar uma intervenção» no país caribenho.


«O imperialismo não ajuda ninguém no mundo. Diz-me a que lugar do mundo levaram [os norte-americanos] ajuda humanitária? O que levaram foi bombas para destruir o Afeganistão, o Iraque, a Síria, para provocar mortes. É um show, tão simples quanto isso», frisou.

Maduro vincou ainda a ideia de que o governo a que preside continua a trabalhar para evitar que Venezuela se transforme num país dependente, considerando que o seu país possui capacidade para produzir e importar aquilo de que necessita.

Neste sentido, destacou o papel desempenhado pelos Comités Locais de Abastecimento e Produção (CLAP), que atendem a seis milhões de lares venezuelanos, garantindo-lhes o acesso a bens alimentares de primeira necessidade, tanto nacionais como importados. «Esse é que é um verdadeiro plano de ajuda humanitária», declarou.

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