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|Ensino Superior

Procura-se Ensino Superior que se encontra desaparecido desde a vitória da AD

Após o anúncio da orgânica ministerial, ficou tudo mais claro com a apresentação dos secretários de Estado. Apesar de possíveis considerações pessoais sobre os titulares dos cargos, é sobre as opções que deve recair a análise e o fim do Ensino Superior é uma delas.

CréditosJoão Relvas / Agência Lusa

A relação histórica da direita com o Ensino Superior é atribulada. Diga-se que ao longo dos anos de governação, mesmo com formas variadas, ficou sempre patente na acção e vontade do PSD (com ou sem CDS-PP) que a política ia sempre no sentido de bloquear a democratização dos mais elevados graus de Ensino.

A vontade da direita foi sempre de elitizar o acesso ao Ensino Superior. Em suma, os filhos dos trabalhadores devem seguir os passos dos pais, e os filhos da elite económica devem corresponder a uma elite intelectual. 

Embora ainda não se conheça o Programa de Governo, a organização do Governo da AD introduz logo à partida um conjunto de preocupações, mais que não seja pela extinção do Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, e a integração deste num único Ministério da Educação, Ciência e Inovação.

Se inicialmente havia alguma apreensão sobre o Ensino Superior e a possível desvalorização no seio do novo Governo, essa foi confirmada com a apresentação dos secretários de Estado e a organização de cada ministério. Eis que ao Ministério da Educação, Ciência e Inovação foram apenas atribuídas três secretarias de Estado e nenhuma delas é especificamente sobre o Ensino Superior. 

Acontece que agora apenas existe o secretário de Estado Adjunto e da Educação, o secretário de Secretário de Estado da Administração e Inovação Educativa e a secretária de Estado da Ciência. Com isto a AD optou por pulverizar o Ensino Superior e misturar graus de Ensino com necessidades específicas que necessitam de tutelas específicas. 

A opção do Governo passou assim pelo desprezo pelas próprias reivindicações estudantis que ainda há menos de um mês se fizeram ouvir numa enorme manifestação nacional realizada em Lisboa, que juntou milhares e foi bem vocal ao chegar à Assembleia da República. 

Mesmo após o anúncio da organização ministerial, as associações e federações académicas lançaram um comunicado conjunto no qual criticavam o desaparecimento de um ministério próprio para o Ensino Superior e mesmo isso a direita ignorou. 

A verdade no meio disto tudo é que a AD está a criar um caldo para a intensificação da luta dos estudantes do Ensino Superior que no passado já provaram que, organizados, podem criar grandes momentos de grande tensão e, nas ruas, desafiar o poder político. Para Montenegro avizinham-se tempos negros. 
 

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