Pela paz e pelos direitos do povo palestiniano, sublinhando a urgência de parar a «guerra» e o «massacre», e afirmando a necessidade de «paz no Médio Oriente» e de uma «Palestina independente», as organizações promotoras apelam à participação de todos nas acções que dão corpo a esta semana de solidariedade: hoje em Évora (19h, Largo de Camões) e, amanhã, no Funchal (19h, Largo dos Varadouros) e em Lisboa (18h, Largo do Martim Moniz).
No domingo, a abrir a semana solidária, centenas de pessoas participaram, no Porto, numa concentração e manifestação, reafirmando a exigência da «paz no Médio Oriente» e a urgência de «um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza» e «não apenas pausas humanitárias», revela o CPPC na sua página de Facebook.
O ano da «catástrofe provocada por mais de 50 dias de bombardeamentos israelitas»
Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), CGTP-IN e Projecto Ruído dinamizam a semana solidária, que tem no centro o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano (29 de Novembro) e que este ano «decorre sob o impacto da catástrofe provocada por mais de 50 dias de bombardeamentos israelitas sobre a Faixa de Gaza».
«Milhares de mortos, mais de 40% dos quais crianças. Bairros inteiros arrasados e centenas de milhar de desalojados. Hospitais, escolas, infra-estruturas destruídas, num cenário apocalíptico», denuncia o MPPM em comunicado divulgado esta segunda-feira.
Destacando que a «trégua humanitária acordada trouxe um alívio momentâneo, num primeiro resultado importante da pressão popular e da resistência palestiniana», o organismo solidário lembra a necessidade de manter a mobilização, até porque, «mesmo que os bombardeamentos parem, Gaza precisa de quase tudo».
«Um cessar-fogo permanente e definitivo»
O cessar-fogo é uma das exigências elencadas no documento divulgado pelo MPPM, que apela também ao fim das «violências dos militares e colonos israelitas contra os palestinianos da Cisjordânia e de Israel».
Nas acções solidárias, os manifestantes exigem ainda que: seja impedida a expulsão dos palestinianos da sua terra; chegue a ajuda humanitária necessária à Faixa de Gaza; sejam libertados «todos os presos palestinianos e todos os reféns israelitas».
Reclamam também que seja «levantado o infame bloqueio que, desde 2006, transformou a Faixa de Gaza numa prisão a céu aberto», seja «iniciada a reconstrução» do enclave e seja «finalmente concretizado o direito, tantas vezes prometido pela comunidade internacional mas nunca cumprido, à existência de um Estado palestiniano livre e independente, com controlo soberano das suas fronteiras e dos seus recursos».
«A Palestina vencerá», conclui o texto.
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