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Discussão do Orçamento do Estado para 2018 na Assembleia da República

Descongelamento de carreiras «não pode deixar ninguém de fora»

O Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) descongela as carreiras e repõe o pagamento integral do trabalho extraordinário na Administração Pública, mas é possível ir mais longe – também no combate à precariedade.

Trabalhadores da Administração Pública têm lutado para que ninguém fique excluído do programa de regularização
CréditosJosé Coelho / Agência Lusa

«Os passos positivos deste Orçamento na valorização e reposição de direitos devem ser um ponto de partida e não ponto de chegada», afirmou Rita Rato, dirigindo-se ao ministro das Finanças.

A deputada do PCP concretizou que «o descongelamento da progressão nas carreiras [dos trabalhadores da Administração Pública] não pode deixar ninguém de fora», referindo-se à contabilização de todo o tempo de serviço. De acordo com a norma inscrita no OE2018, os professores, os profissionais da Justiça, os militares e os elementos das forças de segurança podem vir a não ter o tempo de trabalho contabilizado.

Alguns trabalhadores da Administração Pública têm as carreiras congeladas há mais de 12 anos e desde 2009 que não há aumentos salariais.

Precariedade: «um combate de todos os dias»

Rita Rato abordou ainda a regularização dos vínculos precários na Administração Pública, dizendo que este deve ser «um combate de todos os dias e não um processo que acontece de 20 em 20 anos».

Apesar de saudar a abertura de uma nova fase de candidatura ao programa de regularização até 17 de Novembro, o PCP considera que «o combate à precariedade deve ser um princípio e uma prática de todos os dias».

A deputada comunista alertou ainda que «não pode estar em curso um processo de regularização de vínculos precários e, em paralelo, nos serviços públicos e no sector empresarial do Estado, persistir a contratação através de falsos recibos verdes, estágios, trabalho a tempo parcial e outsourcing».

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