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|Legislativas 2024

A Banca já escolheu os seus candidatos (e não é de hoje)

Diz-me o que fizeste na legislatura passada (e não o que defendes em campanha). Os lucros da Banca (só os 5 maiores bancos privados fizeram mais de 3 mil milhões de euros em 2023) só são possíveis com os votos do PS/PSD/IL e Chega.

O administrador Executivo do BPI, Francisco Barbeira, o membro do Conselho de Administração Executivo do Novo Banco, Luís Ribeiro, o presidente do Conselho de Administração do Banco Comercial Português (Millennium bcp) , Miguel Maya, o presidente da CGD, Paulo Macedo, e o presidente do Santander para a Europa, Pedro Castro e Almeida, no painel «Para Onde Caminha o setor Financeiro?», da 6.ª Conferência Banca do Futuro
O administrador Executivo do BPI, Francisco Barbeira, o membro do Conselho de Administração Executivo do Novo Banco, Luís Ribeiro, o presidente do Conselho de Administração do Banco Comercial Português (Millennium bcp) , Miguel Maya, o presidente da CGD, Paulo Macedo, e o presidente do Santander para a Europa, Pedro Castro e Almeida, no painel «Para Onde Caminha o setor Financeiro?», da 6.ª Conferência "Banca do Futuro"CréditosManuel de Almeida / Lusa

Os seis maiores bancos privados em Portugal: BCP, Novo Banco, Santander Totta, BPI, Crédito Agrícola e Banco Montepio – acumularam lucros de mais de 3,3 mil milhões de euros em 2023, mais 74,2% do que no ano anterior. No caso do Crédito Agrícola, os lucros duplicaram 103,8%, Santander e Novo Banco, 91% e 82%, respectivamente. Pode ter sido um ano de grandes dificuldades para a grande das pessoas a viver neste país, mas para a Banca e os seus investidores, 2023 foi de pândega.

Durante esse período, foram aplicadas sucessivos aumentos das taxas de juro, incidindo sobre mais de um milhão de famílias em Portugal (através dos juros elevados e do aumento dos custos dos empréstimos para compra de casa) e as micro, pequenas e médias empresas, 99% do tecido económico do País.

Embora o resultado tenha sido excepcional para a Banca em 2023, nenhuma métrica pode considerar 2022 um ano mau (quase 2,8 mil milhões de euros de lucros). Conhecendo estes resultados, sabendo bem as dificuldades que a população portuguesa enfrentava nesse período, como é que os partidos na Assembleia enfrentaram este problema? Fácil. Como já é habitual, PS/PSD e IL uniram-se para rejeitar «a redução das comissões bancárias e o alargamento das condições de acesso e o âmbito da conta de serviços mínimos bancários». O Chega, não querendo ficar atrás, tratou de se abster.

Encontramos maior união no que toca à rejeição da proposta para uma «Contribuição Extraordinária sobre Lucros, de combate à especulação e práticas monopolistas». Desta vez, ao PS, PSD e Iniciativa Liberal juntou-se o Chega, partido que, meses mais tarde, viria a anunciar uma proposta similar com as eleições legislativas de 2024 em vista. Diz-me o que rejeitaste no verão passado?

O love affair entre a Banca e o PS e PSD/CDS-PP (agora com os seus sucedâneos como o Chega e a IL, que conta com o apoio do ministro das Finanças alemão) não é de agora. Há muito que estes partidos e os seus spin-offs garantem os lucros da Banca: desde 2009, o Estado português disponibilizou mais de 18 mil milhões de euros de recursos públicos para fazer face aos custos da especulação e corrupção na banca privada.

A Banca há muito que já escolheu os seus candidatos. Não será já altura de elegermos os nossos?

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