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Accionistas do BCP vão ver um reforço dos seus dividendos em 50% ou mais dos lucros

Os tempos estão maus, mas somente para quem trabalha. Para a banca, o sol brilha. O BCP pretende aumentar em 50% ou mais a distribuição de dividendos em relação aos lucros a partir de 2024, um aumento de 30% face a 2023.

Créditos / Idealista

Foi na conferência Millennium Talks Algarve que Miguel Maya, CEO do Millennium BCP, talvez por se sentir demasiado à vontade, revelou que pretende aumentar em 50% ou mais a distribuição de dividendos dos accionistas em relação aos lucros a partir de 2024. 

Recorde-se que, num quadro de inflação, com o aumento do custo de vida e com a banca a ganhar 12 milhões de euros por dia, o BCP obteve resultado líquido recorde de 856 milhões de euros no ano passado, sendo assim o banco que mais cresceu.

Assim, como os tempos estão difíceis, mas não para todos, o CEO do BCP disse na tal conferência que «a partir deste ano, haverá uma política de dividendos bastante mais significativa, prevendo-se um 'dividend payout' igual ou superior a 50%», para os accionistas.

O BCP, o mesmo banco que procedeu a um despedimento colectivo no ano de 2021, uma vez que havia «um período difícil», segundo Miguel Maya, na altura dos lucros optou por meter os trabalhadores à parte da sua distribuição. 

Passados quase três anos, o mesmo CEO já considera que «o banco é hoje muito robusto, com rácios de capital fortes e níveis de liquidez muito elevados». Isto fez com que o banco subisse mais de 6% em bolsa, o que revela a pura especulação da mesma. 

Para se ter uma ideia, este ano o banco vai pagar aos acionistas 30% dos lucros de 2023. Ou seja, com um resultado líquido de 856 milhões de euros nesse ano, os accionistas vão ganhar 257 milhões de euros. Caso a tendência seja de crescimento dos lucros, algo bastante possível, já que não só prevê uma descida das taxas de juro a meio de 2024 (que não será significativa), os accionistas irão ainda beneficiar mais do garrote que está colocado no pescoço dos trabalhadores. 
 

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