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Câmara de Lisboa propõe mega-empreendimento comercial para quarteirão da Suíça

A Câmara de Lisboa discute esta quinta-feira o projecto de recuperação do quarteirão da antiga pastelaria Suíça, no Rossio, estando prevista a criação de quatro unidades comerciais.

Créditos / O Corvo

O projecto de arquitectura para obra de alterações e ampliação do conhecido «quarteirão da Suíça», localizado entre as emblemáticas praças da Figueira e do Rossio, prevê a adaptação do famoso quarteirão lisboeta ao uso comercial na sua totalidade, mantendo a única loja que resiste e integra o programa «Lojas com História», a loja de chás e cafés «Pérola do Rossio». 

A proposta da autarquia, subscrita pelo vereador do Urbanismo, Ricardo Veludo, enquadra a «instalação de quatro unidades comerciais e de uma unidade de serviços» no quarteirão com cerca de 12 mil metros quadrados.

Entretanto, os vereadores do PCP já reagiram através de comunicado, no qual anunciam que vão votar contra por considerarem que se trata, «uma vez mais», de uma «oportunidade perdida de dotar o centro da cidade de uma multifuncionalidade desejável que mantenha a cidade habitada e viva, preservando o património e a história da cidade».


Insistem que «não é através de megaempreendimentos comerciais que se revitaliza o centro histórico de Lisboa» e defendem que vão continuar a combater «o caminho de descaracterização da cidade de Lisboa». Para tal contribui, designadamente, a venda do seu património a fundos estrangeiros, que, denuncia o PCP, «especulam e contribuem para o encarecimento do custo de vida da cidade, caminho esse claramente incentivado pela gestão PS» na Câmara de Lisboa.​

Os comunistas recordam ainda que o «Rossio é uma das praças mais emblemáticas da cidade e da Baixa Pombalina e foi, desde sempre, palco de acontecimentos importantes e marcantes na história de Lisboa». 

A sua edificação remonta à década de 70 do século XVIII, sendo o quarteirão constituído inicialmente por cinco prédios individualizados que tiveram ao longo do tempo diversos usos: Francfort Hotel, Pensão Coimbra, restauração e comércio no piso térreo e habitação.

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