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Um ano depois da partida, bolivianos não esquecem trabalho da Brigada Médica Cubana

Em Novembro de 2019, os médicos cubanos regressaram à Ilha, num contexto de hostilidade e pressão por parte do governo golpista. María Isabel Viscarra cruzou-se com eles três vezes e agradeceu a Fidel.

Médica cubana atende crianças na Bolívia, em 2017
Créditos / Correo del ALBA

Como milhares de bolivianos, María Isabel Viscarra, educadora popular e solidária latino-americana, recuperou a visão graças à Operação Milagre – um projecto instituído em 2004 por iniciativa dos governos de Cuba e da Venezuela, no âmbito dos programas de integração dos povos da América Latina, e que tinha como propósito tornar possível a pessoas de baixos recursos serem operadas a diversos problemas de carácter oftalmológico.

Em 2008, detectaram-lhe cataratas em ambos os olhos. «O custo do tratamento era de 2000 dólares e, embora não negue a capacidade dos nossos oftalmologistas e dos profissionais de cá, não tinha esse dinheiro», disse Chabelita, como é chamada pelos familiares, numa entrevista à revista Correo del ALBA.

Então perguntou a si mesma porque estava a demorar em ir a uma consulta e não recorria aos oftalmologistas cubanos. Acabaria por ser operada a uma vista em Dezembro de 2008 e à outra em Fevereiro do ano seguinte. Questionada sobre os custos das intervenções, frisou que «foram operações gratuitas e solidárias».

A Brigada Médica Cubana na Bolívia voltaria a ter um papel importante na vida desta cidadã boliviana noutras duas situações: em 2014, quando deslocou um ombro, e em 2019, quando se viu doente com uma pneumonia atípica.

Viscarra agradeceu o trabalho dos médicos cubanos no país andino afirmando «obrigado a Fidel e à Revolução por essa mística de amar e salvar a vida».

Cooperação médica cubana na Bolívia em números

Assim como Chabelita, muitos outros milhares de bolivianos encontraram a solução para os seus problemas de saúde no trabalho de médicos, enfermeiros e técnicos da Saúde de Cuba.

A cooperação médica cubana com a Bolívia existe desde 1985 e foi revista e actualizada em acordos posteriores, como o que foi firmado, em 2005, pelo presidente boliviano, Evo Morales, e o líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, que incluiu, além do envio de contingentes, a atribuição de 5000 bolsas a jovens da Bolívia para estudar medicina em Cuba.

Até Novembro de 2019, trabalharam na Bolívia 18 mil profissionais da Saúde de Cuba, que realizaram mais de 73,5 milhões de consultas e 1 533 016 intervenções cirúrgicas, das quais 727 138 foram oftalmológicas, e 60 792 partos, informa a Prensa Latina.

A cooperação cubana com o país sul-americano também incluiu a formação profissional de 5184 jovens bolivianos na Escola Latino-americana de Medicina, em Havana.

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