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Resultados definitivos oficiais das eleições no Equador só daqui a um mês

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) deve proclamar os resultados definitivos da primeira volta das eleições presidenciais e das legislativas a 23 Setembro, embora já haja vencedores anunciados.

Luisa González e Andrés Arauz, candidatos pela RC à presidência e vice-presidência do Equador, festejam a vitória na primeira volta das eleições realizadas este domingo 
Créditos / eitb.eus

De acordo com os dados divulgados no portal do CNE, a candidata presidencial da Revolução Cidadã (RC), Luisa González, obteve 33,4% dos votos e Daniel Noboa, da coligação Acção Democrática Nacional (ADN), tem 23,5%.

Serão eles que vão disputar a segunda volta das eleições presidenciais antecipadas, prevista para 15 de Outubro. No entanto, os números finais oficiais devem demorar a aparecer mais alguns dias, uma vez que o processo de escrutínio inclui a resolução de «inconsistências» e «novidades», refere o portal primicias.ec.

O mesmo se aplica às eleições legislativas, que também se realizaram este domingo, no âmbito das quais são eleitos 137 deputados à Assembleia Nacional (AN). De acordo com página oficial do CNE, o escrutínio está avançado, tendo sido já concluído em várias províncias do país. Mas segue-se o processo de revisão.

Já se sabe que o movimento RC, de Rafael Correa, é a força política mais votada e que terá a maior bancada parlamentar, com mais de 50 representantes na AN. Seguem-se, a grande distância (20%), o movimento Construye, que apoia o candidato neoliberal assassinado Fernando Villavicencio, com pelo menos 27 deputados.

Nos resultados preliminares, a aliança ADN, de Noboa, conta com 14,6% e o Partido Social Cristão 11,8%.

De acordo com o calendário eleitoral, o escrutínio demora dez dias (até 30 de Agosto) e só a partir de então os partidos políticos podem apresentar recursos junto do Tribunal Contencioso Eleitoral (TCE), indica a fonte.

É por esse motivo que o CNE só proclamará oficialmente os vencedores a 23 de Setembro, convocando então a segunda volta para as presidenciais, para saber quem se seguirá a Guillermo Lasso.

Recorde-se que, em Maio último, o presidente equatoriano respondeu ao processo político de que estava a ser alvo por parte do Poder Legislativo dissolvendo a Assembleia Nacional, tendo alegado uma «grave crise política e comoção interna» no país.

Até ao momento, as eleições do passado dia 20 mostram que o movimento Revolução Cidadã se afirmou com força no país sul-americano, com a sua representante a destacar-se entre oito candidatos presidenciais e a assegurar uma presença consistente na Assembleia Nacional, mas sem maioria.

No que respeita às presidenciais, os resultados preliminares mostram que Luisa González (RC) venceu em 14 províncias do país: Cañar, Azuay, Manabí, Pichincha, Guayas, El Oro, Esmeraldas, Santa Elena, Santo Domingo, Los Ríos, Morona Santiago, Imbabura, Orellana e Sucumbíos.

Por seu lado, Noboa ficou em primeiro em seis: Tungurahua, Cotopaxi, Chimborazo, Loja, Zamora Chinchipe e Carchí.

González parece favorita, mas também Andrés Arauz (agora candidato a vice-presidente) o parecia em 2021, e quem ganhou as eleições e se tornou presidente do Equador foi o banqueiro Lasso.

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