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Nicarágua reduz taxa de mortalidade infantil

Um relatório recente do Ministério da Saúde (Minsa) precisa que a mortalidade de crianças menores de um ano passou de 29 falecidos por cada mil nados-vivos, em 2006, para 12, em 2022.

Casa materna, na Nicarágua (imagem de arquivo) 
Créditos / radiovos.org

O governo sandinista implementou uma série de acções no sector da Saúde, nos últimos 16 anos, que permitem registar, hoje, uma redução da mortalidade infantil de 56,5%, indica o portal nicaraguasandino.com.

De acordo com a informação divulgada, registaram-se 98 mil nascimentos em 2006 nas Unidades de Saúde. O ano passado, foram 114 321.

De acordo com o Minsa, os bons resultados alcançados no país centro-americano ao nível da mortalidade infantil, perinatal e materna, após o regresso ao poder da Frente Sandinista, em 2007, devem-se em grande medida à «implementação e massificação» das casas maternas, instalações que se inserem numa estratégia nacional com vista à redução da mortalidade materno-infantil.

Dados oficiais indicam que, em 2006, foram atendidas 9000 mulheres grávidas nas 50 casas então existentes, enquanto em 2022 o número de mulheres gestantes atendidas passou para 71 925, em 181 centros.

Ainda de acordo com os dados divulgados pelas autoridades de saúde nicaraguenses, mais de um milhão de famílias foram visitadas, casa a casa, no âmbito do programa de acompanhamento de crianças com baixo peso ao nascer, uma iniciativa também determinante nos resultados actuais.

Apoio nutricional a mulheres grávidas

As 181 casas maternas existentes no país centro-americano integram-se num programa do Minsa que tem como objectivo aproximar as mulheres gestantes nos meios rurais aos cuidados de saúde e garantir um parto com apoio de pessoal qualificado.

No início deste mês, o Programa Alimentar Mundial, das Nações Unidas, doou quase 100 toneladas de alimentos às casas maternas na Nicarágua / PL 

O governo sandinista recebeu várias doações para potenciar o programa, que só em 2022 prestou cuidados a mais de 71 mil mulheres.

Uma das mais recentes, já este mês, foi realizada pelo Programa Alimentar Mundial (PAM), que entregou ao Minsa mais de 96 toneladas de produtos destinados à nutrição das grávidas nicaraguenses.

Uma parte desses alimentos – arroz, feijão, milho, azeite e farinha de trigo – foi também destinada à alimentação de crianças até aos seis anos, que fazem parte do plano de acompanhamento nutricional promovido pelas autoridades nicaraguenses.

Martha Reyes, ministra da Saúde, disse à Prensa Latina que «é muito importante», porque a doação ajuda a garantir «a resposta nas casas maternas, para assegurar o estado nutricional das mães e, por conseguinte, dos bebés que estão para nascer».

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